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Monsenhor Saldanha tomou posse na Basílica em Roma

Monsenhor António Manuel Saldanha e Albuquerque, sacerdote diocesano e secretário do Studium do Dicastério das Causas dos Santos, Curso de formação de especialistas nos processos de beatificação e canonização, tomou posse como Cónego do cabido Liberiano da Basílica Papal de Santa Maria Maior, em Roma.
É o primeiro sacerdote português a receber esta dignidade numa das Igrejas mais importantes de Roma, a onde o Papa se desloca regularmente, sobretudo de cada vez que viaja e onde se encontra o mais importante ícone mariano, a Salus Populi Romani, um dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude.
António Manuel Machado de Saldanha e Albuquerque, natural da Ilha do Faial, nasceu a 9 de Fevereiro de 1969. Foi ordenado sacerdote em 26 de Junho de 1994. Doutorado em História pela Pontifica Universidade gregoriana de Roma, foi professor de História no Seminário de Angra, pároco da Agualva e de São Sebastião, na ilha Terceira, pároco da Matriz da Horta e capelão da Igreja de N. Sra. do Carmo e Assistente da Ordem Terceira do Carmo. Foi para Roma, onde é Oficial na Congregação para a Causa dos Santos. Foi nomeado Monsenhor pelo Papa Bento XVI, em dezembro de 2012. É, ainda, Comendador da Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro de Jerusalém e Capelão Magistral da Soberana e Militar Ordem de Malta. É colaborador regular do Sítio Igreja Açores.
Em declarações ao Sítio Igreja Açores, o sacerdote afirmou no dia da sua nomeação que há nesta escolha uma valorização da língua portuguesa num ano em que nos aproximamos do Jubileu da Esperança.
O Cabido da Basílica de Santa Maria Maior data do século XII e os seus cónegos têm a dignidade eclesiástica de Protonotários Apostólicos. Por um antigo privilégio o rei de Espanha é Protocanónico Honorário.
Os documentos mais antigos não revelam nada sobre a organização interna do Cabido, mas os do século XIV mostram os esforços iniciais para estabelecer regras fixas de funcionamento, tanto que foram aprovados pelos Papas.
Os primeiros escritos constituem a antiga forma do Estatuto Liberiano; esse é o exemplo mais antigo preservado de um estatuto capitular romano, pode ler-se na página on-line da Basílica.
Nos séculos XII e XIII, a Basílica Papal de Santa Maria Maior foi um centro ativo de culto, onde as festas marianas eram celebradas com grande solenidade e onde, junto com as antigas tradições, florescem novas devoções: as estações quaresmais, o culto aos Santos e, especialmente, a veneração da imagem da Salus Populi Romani, o mais importante ícone mariano. O Papa Francisco coloca as suas viagens apostólicas sob a proteção deste ícone, que costuma visitar antes da sua partida e depois do seu regresso ao Vaticano.
Com o passar dos anos a Basílica, que domina a cidade de Roma há 16 séculos, preservou alguns missais medievais (dos séculos XII e XV), o “Santorale Liberiano” e interessantes “Calendários” da época, que actualmente estão conservados no Arquivo Apostólico no Vaticano.
A relíquia do Santo Berço, a manjedoura onde repousou o Menino Jesus, recorda a importância de Santa Maria Maior como a “Belém do Ocidente”. Aqui foi celebrada pela primeira vez a Missa da Noite de Natal e por muitos séculos os Pontífices vinham à esta Basílica mantendo esta tradição.
Na Basílica estão também sepultados sete Pontífices. O papa Francisco já anunciou que é lá que quer ser sepultado. A nomeação dos sete novos cónegos, alguns dos quais membros da Cúria Romana, tem como principal objectivo dar à Basílica uma dinâmica pastoral e de acolhimento aos milhares de peregrinos que a visitam anualmente.

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