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Menina de 8 anos escreve bilhete aos bombeiros manifestando “gratidão” pela coragem no combate ao incêndio do HDES

Uma menina de 8 anos entregou um postal e um trevo da amizade aos bombeiros de Ponta Delgada para a agradecer a “coragem e entrega” no combate ao incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo.
Numa publicação nas redes sociais, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada refere que Mariana Dias “é uma pequena guia” da Associação Guias de Portugal e que “fez questão de entregar” o postal quando chegou ao centro da cidade.
“Queridos amigos Bombeiros, recebam este trevo da amizade como símbolo de gratidão pela vossa coragem e entrega na vossa missão diária, em especial o dia de ontem”, escreveu a menina no bilhete.
Os bombeiros agradeceram o “gesto genuíno, feito de coração e amor sincero”.
Os operacionais prometeram ainda a Mariana que vão continuar a tudo “fazer para que a vida dela e de todos esteja sempre protegida, sabendo que podem contar com os soldados da paz, seja onde e quando for, estarão sempre lá, prontos a vestir a farda e dar vida por vida, até ao limite das forças e da exaustão”.
Os bombeiros reiteraram ainda que agora “é tempo agora de fazer aquilo que os açorianos tão bem sabem fazer: arregaçar as mangas, arranjar tudo e seguir em frente”.
Os bombeiros de Ponta Delgada emitiram um esclarecimento sobre a situação dos bombeiros feridos, dizendo que “o dia 4 de Maio de 2024, para além de ser o ‘Dia Internacional do Bombeiro’, marcou, de forma indelével, a história deste Corpo de Bombeiros, que este ano assinala 145 anos de existência”, começa por dizer a corporação em comunicado.
A Direcção e o Comando desta corporação de bombeiros esclarecem que “os nove bombeiros assistidos devido a golpes de calor, intoxicação por inalação de fumos, exaustão e outros ferimentos ligeiros, não ficaram hospitalizados”
A “maior parte deles”, aliás, regressou “no próprio dia, voluntariamente, ao teatro de operações, para continuar a sua missão de socorro, junto com os demais camaradas”.
Na mesma nota informativa, os bombeiros açorianos realçam que “desde os operacionais afectos à evacuação do HDES, até todos os envolvidos no combate ao incêndio, constatou-se o elevado profissionalismo, dedicação, empenho e total entrega, de forma a evitar qualquer tragédia de maiores dimensões, do que a própria realidade impunha”.

Bombeiro diz que “parecia o inferno”
e critica a falta de apoio à carreira de bombeiro

Um bombeiro que combateu o violento incêndio que deflagrou no Hospital do Espírito Santo desabafou nas redes sociais sobre o facto de estes operacionais fazerem “coisas do ‘diabo’ por tão pouco”, lançando duras críticas ao Governo Regional por não apoiar a carreira de bombeiro, nem considerar a “profissão arriscada”, relata o Notícias ao Minuto.
Nuno Silva, que pertence à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, começou por contar que combateu o fogo do hospital durante 5h30, na sua “meia folga”, entre as 11 horas e as 16h45, e que só saiu do local para entrar no seu “posto”, no aeroporto de Ponta Delgada, às 17h30.
Às 00 horas, depois de mais de 7 horas de trabalho, voltou ao hospital para a operação de rescaldo.
Apesar de “muito cansado”, o bombeiro garantiu que terminou o dia com “sentimento de dever cumprido, mesmo que ganhe apenas “862 euros + 60 euros por trabalhar no aeroporto + subsídio de alimentação”, realçando que muitos dos seus “camaradas” combateram o incêndio durante ainda “mais horas”.
“Muito obrigado a todos os meus camaradas que deram o máximo neste incêndio em que o interior mais parecia o inferno na terra. Sim, porque os espectadores só veem o fumo e chama a sair pelas janelas e portas, nem têm noção do que foi estar dentro de um incêndio desta complexidade. Bravo meus camaradas bombeiros. Realmente fazemos coisas do ‘diabo’ por tão pouco”, descreveu, antes de lamentar a postura do Executivo açoriano quanto aos bombeiros. “E também agradecer ao nosso Presidente Bolieiro, ao Gaudêncio, ao Barata e companhia que votaram contra e não são a favor de uma carreira para os bombeiros e que [pensam] que também não merecemos subsídio de risco, porque a nossa profissão não é arriscada. Uma salva de palmas para vocês”, ironizou Nuno.
Antes de concluir, o bombeiro também lamentou os “bombeiros de café” e redes sociais que criticaram a actuação dos operacionais durante o incêndio no hospital de Ponta Delgada.
Por fim, Nuno afiançou que tem “muito orgulho” em ser bombeiro e não é “pelos euros” que recebe como ordenado.

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