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Doente transferido para a Madeira teve que ser operado

Um dos utentes internados no Hospital Dr. Nélio Mendonça, na cidade do Funchal, transferido dos Açores para a Madeira no passado Domingo, sofreu uma intercorrência, sendo necessário uma intervenção cirúrgica da área ortopédica, tendo a família sido informada da ocorrência.
Em nota enviada à comunicação social, o Serviço Regional de Saúde (SESARAM) informa que está a ser dada continuidade com os cuidados de saúde, aos utentes acolhidos no Hospital Dr. Nélio Mendonça e no Regimento de Guarnição nº 3 transferidos dos Açores.
Os 55 doentes com doença renal crónica continuam a receber os respectivos tratamentos, bem como toda a medicação necessária, que está a ser assegurada pelo SESARAM.
“Adicionalmente, cumpre informar que os familiares de todos os utentes estão devidamente informados acerca do estado de saúde dos mesmos”, esclarece a entidade.
A concluir, refere que o Serviço Regional de Saúde disponibilizou, aos familiares, uma linha de apoio [967702566], que estará disponível durante a permanência destes utentes na RAM, e que a mesma está a registar em média 10 chamadas por dia.

Doentes “bem tratados”
na Horta

O Hospital da Horta acolheu vários doentes provenientes de São Miguel.
“Até à data, chegaram 25 doentes no Domingo, que fizeram hemodiálise no próprio dia, e durante o dia de hoje chegaram mais nove, que também farão hemodiálise até ao final do dia, totalizando 34 doentes do hospital de Ponta Delgada”, explicou Joana Decq Mota, directora clínica do Hospital da Horta, na ilha do Faial.
Além dos 34 doentes hemodialisados, provenientes de Ponta Delgada, o Hospital da Horta continua a fazer tratamentos diários de hemodiálise a outros 30 doentes das ilhas do Faial e do Pico, situação que vai obrigar a Administração a prolongar os turnos “até à meia-noite” e a reforçar também os recursos humanos.
“Isso implica prolongar turnos e necessitaremos de recursos humanos”, salientou a directora clínica, acrescentando que no final da semana chegará “uma equipa de enfermagem e de assistentes operacionais” de São Miguel, para colaborar com a equipa de enfermagem da Horta.
Por falta de camas de internamento no Hospital da Horta, os doentes deslocados por causa do incêndio estão alojados, provisoriamente, em unidades hoteleiras, mas apesar de estarem longe da família dizem não ter razões de queixa.
“Para nós foi uma boa solução. Estamos muito bem instalados, não nos falta nada e somos muito bem acompanhados pelas senhoras enfermeiras e auxiliares, mas é claro que a gente estranha os nossos enfermeiros de lá”, admitiu Lina Bernardo, uma das doentes deslocadas, em declarações aos jornalistas, durante o tratamento na Horta.
Também Daniel Franguinho, emigrante açoriano radicado há 34 anos nas Bermudas, mas que estava de visita a Ponta Delgada, disse não se queixar da forma como foi recebido no Hospital da Horta. “Estão tratando a gente muito bem, de todas as maneiras, a gente não pode falar mal de nada”, assegurou.
Apesar de ter duplicado o número de doentes em tratamentos de hemodiálise no Hospital da Horta, a directora clínica da unidade de saúde disse que ainda poderá receber mais pacientes de outras áreas, caso seja necessário.

PS sugere que se façam
esclarecimentos

O deputado socialista Carlos Silva declarou o compromisso de que o PS/Açores quer ser parte da solução na recuperação do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), e na retoma, da normalidade possível, dos cuidados de saúde”.
O deputado socialista falava à saída de uma reunião com a Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, encontro que decorreu no âmbito das Jornadas Parlamentares que o PS está a promover, para análise ao Plano e Orçamento da Região para 2024.
Neste momento “particularmente difícil”, Carlos Silva realçou que o mais importante é “garantir a recuperação possível do acesso aos cuidados de saúde”, tendo manifestado a solidariedade do PS com “os bombeiros, profissionais de saúde, militares, polícia e toda a sociedade civil que esteve envolvida na evacuação e extinção do incêndio no HDES e ainda está envolvida na retoma dos cuidados de saúde”.
O deputado do PS realçou que o HDES é “a maior unidade de Saúde da Região”, sendo que a sua inoperacionalidade “não afecta apenas os micaelenses, mas também os açorianos, em geral”.
Carlos Silva realçou que a prioridade deve ser “tentar recuperar a normalidade possível” sendo que para isso é “importante garantir que há uma grande coordenação, um reforço de rotinas, de prestação de esclarecimentos, de forma a assegurar os cuidados de saúde a quem precisa”.
O parlamentar socialista recomendou ao Governo Regional (PSD/CDS/PPM) que “tenha um cuidado redobrado na gestão de expectativas”, uma vez que, fruto da falta de informação, “começam a surgir notícias contraditórias e rumores sobre o que aconteceu e o tempo necessário para que o HDES volte ao seu normal funcionamento”.
“Não é fácil, as notícias que circulam dão a ideia de que é um problema que se vai arrastar durante largos meses, mas lá está, nós não sabemos se são meses ou se será mais de um ano”, realçou, afirmando que, nesta fase, é “importante garantir o acesso à informação disponível”.
“É também importante esclarecer alguns rumores que têm surgido nos últimos tempos sobre alertas que existiriam nos últimos meses para problemas de manutenção ou falta de manutenção”, assinalou.
Carlos Silva considera, pois, “essencial” que o Governo Regional “divulgue algum relatório técnico que já exista, mesmo que preliminar”, para “esclarecer esses rumores”, porque “não é bom que circulem boatos neste tipo de acontecimentos”.
O deputado do PS/Açores salientou que “ter um hospital de campanha não é o mesmo que ter um hospital normal em funcionamento” e, frisando que “essa informação é que é importante prestar aos açorianos, para que estes saibam com o que contam, neste momento”.
O compromisso do PS é ser parte da solução, mas precisamos de informação que neste momento não conhecemos, para poder transmitir algo de mais concreto”.

Chega quer mais explicações

O Grupo Parlamentar do Chega enviou ontem à Assembleia Legislativa Regional um requerimento onde questiona sobre um plano de reabertura do Hospital do Divino Espírito Santo, pretendendo saber quando vai voltar a estar operacional o maior hospital dos Açores, depois de um incêndio que deflagrou no passado Sábado.
Os deputados do Chega entendem que é necessário prestar algumas informações, principalmente ao nível das manutenções da rede eléctrica e dos meios de extinção de incêndio existentes nos vários serviços do HDES, pretendendo saber o mesmo em relação aos restantes hospitais da Região, bem como unidades de saúde de ilha e centros de saúde, os parlamentares questionam ainda se existe seguro para o incidente que ocorreu no passado Sábado, e se o mesmo já foi accionado.
No documento, pode ler-se que o Hospital de Ponta Delgada abriu portas nas novas instalações em 1999, tendo havido necessidade de adaptar o edifício às diferentes e diversas necessidades que foram surgindo.
Neste sentido, os parlamentares querem saber se ao longo dos anos foi feito um plano de reestruturação da rede eléctrica e se a potência eléctrica de cada quadro eléctrico de cada serviço, foi devidamente adequada às necessidades actuais.
Os parlamentares querem saber qual a previsão de impacto financeiro que terá este incêndio, em 2024, e questionam sobre a forma como estão a ser reajustadas e reagendadas as consultas e exames previstos no HDES, e que tiveram de ser cancelados uma vez que o Hospital está inoperacional.
“O Chega lamenta este incêndio que colocou em perspectiva as fragilidades da nossa insularidade”, referiu o líder parlamentar, José Pacheco, que acrescenta que a situação – embora alheia ao próprio Hospital – causou grandes transtornos a doentes e utentes, que tiveram de ser transferidos para outros hospitais e viram consultas e exames ser adiados sem data.
“O que é certo é que é um edifício com algumas dezenas de anos e é preciso perceber se todas as manutenções, e até actualizações, da rede eléctrica têm sido feitas convenientemente”, referiu José Pacheco. O HDES é o hospital de referência do Grupo Oriental, recebendo também muitos doentes de outras ilhas, pelo que “é preciso ter uma estimativa de quando poderá reabrir. Acredito que o Governo Regional está a fazer todos os esforços para que tal aconteça o mais rápido possível, mas as pessoas também precisam de saber quando isso vai acontecer”, concluiu.

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