O Conselho Regional do PSD/Açores apelou no fim-de-semana para a “união de todas as forças políticas”, face ao desafio colocado pelo incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.
Os social-democratas, em nota de imprensa na sequência do Conselho Regional, consideram que “não é aceitável que este momento crítico sirva para aproveitamentos político-partidários de circunstância, como alguns têm tentado fazer”.
“Este é um momento que exige sentido de responsabilidade, com vista a encontrar as melhores soluções para o Serviço Regional de Saúde e colocando os supremos interesses dos açorianos sempre em primeiro lugar”, afirmou aquele órgão do PSD/Açores.
O Conselho Regional expressou “agradecimento às pessoas e entidades envolvidas na resposta dada ao incêndio ocorrido no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, destacando o profissionalismo e generosidade de todos, e saudando a actuação eficaz e serena do Presidente do Governo e da Secretária Regional da Saúde e Segurança Social”.
O órgão partidário manifestou, por outro lado, “indignação pelo sétimo lugar atribuído ao candidato dos Açores” na lista nacional da AD – Aliança Democrática às eleições europeias de 9 de junho, “atendendo à dimensão que a Região confere a Portugal e à qualidade do candidato apresentado”.
A propósito dos 50 anos do PSD/Açores, o Conselho Regional saudou “todas as gerações que ajudaram a construir aquele que é o partido fundador da autonomia”, prestando uma “palavra de reconhecimento e gratidão aos pais fundadores do PSD/Açores e da autonomia”.
Mota Amaral homenageado
com busto
O Presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, salientou o “património de liderança” dos social-democratas na Autonomia e exaltou a “unidade afectuosa” do partido que celebra 50 anos ao serviço da democracia.
“É bom sentir o pulsar da vida colectiva de uma instituição: é exigente, traz encontros e muitas vezes desencontros, concordâncias e discordâncias criativas, mas também permite a unidade afectuosa e do reconhecimento entre cada um e com todos”, afirmou.
José Manuel Bolieiro afirmou ter “motivos para orgulho nas causas, nos valores e no património de liderança do PSD na Autonomia”, bem como na “liderança da afirmação da democracia dos Açores modernos, atlânticos, europeus e universais”.
José Manuel Bolieiro falava Sábado, no Pavilhão da Associação Agrícola de São Miguel, perante uma plateia de militantes e simpatizantes dos PSD/Açores, em noite de homenagem também ao fundador do partido no arquipélago, João Bosco Mota Amaral.
Para o líder social-democrata, “é uma enorme alegria este reencontro massivo com todas as ilhas aqui presentes e que representam esta dinâmica democrática”, frisou.
“Não é a democracia que faz o democrata, são os democratas que fazem a democracia”, afirmou dirigindo-se ao Presidente fundador do Partido, João Bosco Mota Amaral, numa homenagem pelo património legado.
“Antes de o ser [fundador do então PPD/A], já era um democrata que construiu no país e no velho regime dois elementos dos quais não podemos prescindir e são património próprio e património do PSD/Açores”, enalteceu.
“A sua veia democrática, independentemente do regime, transformou o regime de ditadura e trabalhou para um regime democrático”, prosseguiu.
“Tem um carisma pelo amor ao seu povo, o povo açoriano, ao entendimento dos Açores, as suas nove ilhas, da diáspora, da identidade de Região e, por isso, a causa autonómica, a causa de criar órgãos de governo próprio em democracia e em autonomia política para elevar o desenvolvimento dos Açores”, vincou.
No seu discurso, o Presidente do PSD/Açores deixou ainda uma homenagem e um aplauso a todos os antigos líderes social-democratas que o antecederam, desde João Bosco Mota Amaral, a Álvaro Dâmaso, Costa Neves, Manuel Arruda, Victor Cruz, Berta Cabral, Duarte Freitas e Alexandre Gaudêncio.
As celebrações dos 50 anos do PSD/Açores serão assinaladas ao longo do ano 2024 com diversos eventos evocativos em todas as ilhas do arquipélago e que arrancam a 14 de Maio, data oficial da sua fundação.