A capelania do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, está reorganizada para melhor servir os doentes e os profissionais de saúde, desdobrando-se no apoio a uns e outros nas unidades de saúde que acolheram doentes, transferidos da principal unidade de saúde de Ponta Delgada.
“Estamos no posto avançado no pavilhão Carlos Silveira mas também na Clínica do Bom Jesus, na CUF, nas Misericórdias de Ponta Delgada e Ribeira Grande, nas Casas de Saúde de Nossa Senhora da Conceição e São Miguel, em articulação com os capelães das respetivas instituições” afirmou ao Igreja Açores o capelão coordenador, padre Paulo Borges.
“Os doentes e as suas famílias ficaram muito fragilizados mas os profissionais de saúde, todos eles, também ficaram e precisam agora do nosso apoio pois tratou-se de uma recolocação de profissionais, serviços e equipamentos num tempo curto e as mudanças são muitas” acrescentou para salientar que a organização do serviço passou a ser feita de outro modo.
“Antes a nossa escala obedecia aos serviços; agora é feita em função das unidades de acolhimento” refere o sacerdote que garante estar assegurada a “articulação” com as capelanias dessas instituições.
“Estamos a ajudar-nos uns aos outros pois é disso que se trata numa situação emergente como esta” refere o capelão.
“Foi um choque para todos e os profissionais- dos médicos aos enfermeiros passando pelos técnicos auxiliares de diagnósticos e todos os outros profissionais- também estão a passar um mau bocado” explica.
Várias instituições da Igreja acolheram doentes nomeadamente a Clínica do Bom Jesus, em Ponta Delgada, as Misericórdias de Ponta Delgada, Horta e Angra bem como as casas de Saúde de Nossa Senhora da Conceição e de São Miguel, num total de 70 doentes, em regime de internamento.
A unidade que recebeu de uma vez só mais doentes foi a Casa de Saúde de Nossa Senhora da Conceição, onde estão 27 doentes dos cuidados paliativos, conclui o Igreja Açores.