O bispo de Angra escreveu numa mensagem enviada ao cónego António Rego, pela celebração dos 60 anos da sua ordenação sacerdotal, que a sua vida foi a de um autêntico “embaixador da açorianidade”, noticia o Igreja Açores.
“Em nome da Diocese e do Seminário de Angra, onde estudou, quero manifestar-lhe o nosso reconhecimento pelo ministério cheio de frutos ao longo dos anos e nos mais diversos lugares e missões”, refere o bispo de Angra numa mensagem em jeito de abraço enviada ao sacerdote das Capelas e que foi lida pelo pároco da Matriz de São Sebastião, a igreja onde o Padre António Rego foi ordenado e celebrou a sua missa nova.
“Digo-lhe que nos deixa um santo orgulho por termos em si um ilustre membro do nosso Presbitério e um autêntico embaixador da nossa açorianidade sempre assumida com orgulho e que tem moldado a sua forma amiga de estar com todos e para todos”, acrescenta ainda o prelado.
“Quero agradecer-lhe todo o progresso que trouxe à Comunicação Social da Igreja, onde foi pioneiro em muitas áreas e de cujo saber e competência hoje beneficiamos” sublinha recordando a longa amizade que já leva cerca de 40 anos.
A mensagem de D. Armando Esteves Domingues, lida pelo cónego Adriano Borges, termina com uma prece: “que Deus continue a fazer de si uma bênção para todos e continue a partilhar connosco, com alegria e saúde, aquilo que é e sabe. Um abraço amigo!”
Foi, de resto, no meio dos afectos que o antigo diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja celebrou o seu jubileu sacerdotal, numa homenagem promovida pela família, pelos amigos e pela Igreja, com particular envolvimento da paróquia de São Sebastião e da ouvidoria de Ponta Delgada.
Na homilia, o cónego Adriano Borges lembrou a forma “genial e poética” com que o sacerdote usa habitualmente a palavra e destacou a sua voz “inconfundível”.
“A doçura da sua palavra a contar a vida real e concreta de todos os dias de muita gente” marcou o seu díscipulado, procurando sempre “evitar falar da estrutura ou da hierarquia”, recordou ainda o pároco da Igreja Matriz de São Sebastião ao situar a formação do padre António Rego como fruto da vivência do Concilio Vaticano II de que é um “fiel” seguidor.
“O padre António tinha essas qualidades: estudos, desbravou terrenos, fez-se ao mundo sem se impor e com uma enorme capacidade de escuta e de diálogo”, disse ainda.
“Obrigada pelo dom da vida, do ministério.
No tempo presente e em qualquer época os artistas nunca são bem reconhecidos; só mais tarde se valorizam as obras primas, mas nós queremos dar graças por tudo o que fez “ disse, por seu lado, o ouvidor de Ponta Delgada, padre Marco Sérgio Tavares.
A celebração que decorreu na matriz de São Sebastião contou com a participação de inúmeros amigos e sacerdotes.
Ao longo de mais de 50 anos como padre e jornalista, o padre António Rego foi autor de vários programas na rádio e na TV, conclui o Igreja Açores, de cuja autoria são também as fotos.