A dor da perda é uma das piores dores relatada pelo ser humano, a perda de um ente querido, de uma expectativa, de uma companhia. A perda, sob quais circunstâncias forem, implica a rutura de um vínculo que preenchia e completava.
Deixa um espaço vazio, no qual muitas vezes o enlutado se vê perdido, desrealizado, deslocalizado, sem identidade.
O luto, processo natural da vida, não pode ser calado, escondido, desrespeitado. O luto é um processo feito de tempo, vontades e desejos.
Não podemos, porém, permitir que a pessoa enlutada se perca no vazio em que ficou, é preciso ser farol que sinaliza a realidade, onde a pessoa enlutada continua a ter um papel familiar e social, onde é amada, valorizada e necessária.
Podemos ajudar dando suporte na manutenção do laço afetivo entre a pessoa enlutada e pessoa que partiu, visto que este laço não se perde com a morte, o amor não morre e as memórias são reais.
Somos feitos de relações, somos a extensão daquele ente ou amigo que se perdeu fisicamente,somos outras formas de vida daquele que partiu.
Superar o luto implica conseguir viver gradualmente com mais memórias felizes acerca da pessoa que morreu e com menos dor.
Não existe uma forma correta de viver o luto, é um processo único, tanto na forma como no ritmo.
Para passar pelo processo de luto, apoie-se nos seus familiares e amigos, fale acerca da pessoa que morreu, tente manter algumas rotinas habituais e práticas de autocuidado!
Um psicólogo poderá ajudá-lo a passar por este processo.
Fique bem pela sua saúde e a de todos os açorianos.
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Vera Silva *
- Psicóloga