Os deputados do Chega Açores visitaram a Queijaria O Morro, no Faial, onde estiveram na unidade fabril que está actualmente a ser ampliada para dar maior rentabilidade à produção própria daquele negócio familiar.
Após uma visita à fábrica, que labora mais de dois mil litros de leite diários que distribui para o fabrico de queijo fresco e queijo curado, os parlamentares reforçaram a importância de se apostar cada vez mais em pequenas unidades fabris na Região.
“Este é o futuro dos Açores. Temos produtos de excelência, mas que não podem ser fabricados em massa pois perde-se a originalidade dos produtos. A aposta tem de ser em pequenas unidades fabris, que possam manter a verdadeira essência dos produtos regionais”, explicou o líder parlamentar José Pacheco.
Aos cinco deputados do Chega, os empresários d’O Morro explicaram que com maior capacidade da fábrica – agora em curso – passam a ter maior perspectiva de rentabilidade para os queijos, que já são enviados para o Continente e exportados para os Estados Unidos.
No âmbito das Jornadas Parlamentares a decorrer no Faial, os deputados do Chega Açores visitaram também a Residência Sénior HP, nos Cedros, que vai encerrar portas sem ter uma solução, por parte do Governo Regional, para os 14 idosos que ali fazem a sua casa.
Os proprietários daquele lar privado, Hélia Pacheco e José Ilídio Borges, optaram por encerrar a actividade depois de em 2023 lhes ter sido negado um protocolo – que iria permitir mensalidades mais baixas por parte dos utentes – por falta de enquadramento legal por ser uma entidade privada.
A Santa Casa da Misericórdia da Horta mostrou algum interesse em ficar com o espaço devidamente equipado, mas sem ajuda do Governo não poderia assumir esse compromisso.
Certo é que as respostas nunca chegaram e agora os 14 utentes da Residência Sénior HP terão de procurar outra solução até dia 31 de Julho, prossegue o Chega.
Para o líder parlamentar do Chega, José Pacheco, “esta é mais uma situação em que o Estado continua a querer mandar em tudo e em todos. Louvo a coragem dos proprietários que quando não conseguiram soluções com o Estado decidiram encerrar o espaço. E estão no seu direito de tomar esta decisão”.
Agora, continuou o parlamentar, cabe ao Governo Regional “arranjar soluções para estes 14 idosos até 31 de Julho. A Senhora Secretária da Saúde já disse aos proprietários que são eles que têm de arranjar soluções. Mas eles arranjaram: vão encerrar a porta”.
Também de visita à Escola Secundária Manuel de Arriaga, na Horta, os deputados do Chega Açores depararam-se com uma escola relativamente recente, mas com vários problemas estruturais que colocam em risco os próprios alunos, pessoal docente e não docente.
Actualmente com cerca de 850 alunos, a Escola vê finalmente arrancar o projecto para as obras no auditório que está encerrado desde 2020, por falta de segurança.
Mas há outros problemas que ameaçam a segurança e que não estão incluídos neste projecto, como as portas exteriores com buracos e ferrugem, ou as persianas exteriores que quase desde a inauguração da escola, em 2007, apresentam problemas.
A Presidente do Conselho Executivo, Regina Pinto, transmitiu aos deputados que a falta de recursos humanos e técnicos é um dos principais problemas desta escola que se viu obrigada a abrir um curso ocupacional – para crianças com necessidades educativas especiais – mas que foi impedida de abrir concursos para técnicos especializados. Contando apenas com mais um professor para acolher estes alunos, a Escola recorreu a uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia da Horta, já que nem recursos humanos nem recursos técnicos tem ao dispor neste primeiro ano de actividade deste curso ocupacional.
“De que serve falarmos de educação inclusiva se não damos as ferramentas adequadas às escolas?”, questionou o líder parlamentar do Chega, José Pacheco. “Anda-se a olhar para a educação com estatísticas, mas devia olhar-se com mais paixão”, reforçou o deputado.