Os deputados do Chega Açores dizem que estão preocupados com os resultados económico-financeiros apresentados pelo sector público empresarial da Região que, de acordo com os deputados, “deixam muito a desejar e acumulam prejuízos atrás de prejuízos, sendo que a maioria das empresas e institutos públicos estão tecnicamente falidos”.
Neste sentido, o Grupo Parlamentar do Chega Açores entregou, na Assembleia Regional dos Açores, um requerimento ao Governo Regional questionando qual o número de administradores remunerados que fazem parte do órgão executivo de cada Empresa Pública e Instituto Público da Região, ou seja, Presidente e vogais do Conselho de Administração, do Conselho de Supervisão, do Conselho Estratégico, da Assembleia-Geral ou outros órgãos de nomeação política, nos últimos 4 exercícios fiscais, ou seja no período de 2020-2023.
O Chega pretende ainda saber qual o custo total com cada órgão executivo, incluindo remunerações, subsídio de refeição, ajudas de custo, segurança social (suportados pela Empresa Pública ou Instituto Público), senhas de presença em reuniões, prémios de desempenho, seguros de saúde, despesas de representação, viatura para uso pessoal (incluindo custos com leasing ou renting, reparações, seguros e combustível)
Em nome da transparência e considerando que as empresas e institutos públicos da Região Autónoma dos Açores desempenham funções que concorrem directamente com os privados, os parlamentares entendem “que os contribuintes açorianos têm o direito e até o dever de saberem quanto custa as administrações das empresas e institutos públicos da Região”.
O Chega chama ainda a atenção no requerimento, que “comparativamente a empresas privadas da mesma dimensão, informações tornadas públicas revelam que as empresas públicas regionais e institutos públicos têm uma estrutura de custos com os seus órgãos de gestão desproporcionada em relação à média do mercado”, considerando, por isso, que “é chegada a hora de encarar com seriedade a forma como o sector empresarial da Região está a ser gerido”.