O eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral (PSD), reuniu com o Conselho de Administração da Cooperativa Agrícola Bom Pastor, a pedido desta, para “avaliar um conjunto de assuntos que são relevantes para esta importante instituição do setor agrícola”.
Para o eurodeputado “o setor agrícola já me conhecia antes, e agora, nestas novas funções, sabe que pode continuar a contar comigo. Estou sempre disponível para, dentro das minhas competências, tudo fazer para que se possa melhorar a vida dos nossos agricultores. Estarei sempre próximo do setor”.
Quanto às preocupações expressas pelos dirigentes agrícolas, em que sugeriram propostas de alteração ao funcionamento do pagamento do leite, que depende também da alteração dos regulamentos comunitários, o eurodeputado apresentou algumas soluções e manifestou que “a agricultura é realmente estratégica para o PSD e todas as questões não resolvidas merecem atenção e empenho máximo na procura da sua solução. Manifestei, portanto, total disponibilidade para as justas reivindicações do sector, desde que as mesmas sejam consensuais entre todos os parceiros agrícolas e seus representantes, pois apenas com esta unidade regional será possível ultrapassar qualquer desafio”. O eurodeputado acrescentou ainda que “fiquei também muito satisfeito por perceber que neste momento, no sector do leite, os pagamentos estão em dia. Isto mostra o empenho e a valorização que o Governo dos Açores dá à agricultura, colocando-a como um pilar fundamental da nossa economia”. Paulo do Nascimento Cabral voltou a lamentar o não aumento dos envelopes financeiros do POSEI no Quadro Financeiro Plurianual 2021/2027, acrescentado que “é incompreensível que nem tenham sido actualizados quando o deflactor fixo de 2% foi aplicado às restantes dotações orçamentais agrícolas”, e sublinhou que um aumento orçamental do POSEI no próximo período de programação será “uma decisão justa, mas tardia”. Contudo, esclareceu que, tendo em conta a actual conjuntura, “o aumento das dotações financeiras do POSEI exige o compromisso e envolvimento de todas as partes interessadas, numa acção concertada entre todos”. O parlamentar europeu partilhou igualmente a sua visão para o futuro do sector, que apenas será garantido com a imperiosa aposta na renovação geracional. “Só com um sector atractivo e bem remunerado conseguiremos mais jovens. Precisamos de áreas rurais pujantes, fixadoras de população, sendo simultaneamente coesas e competitivas. A nossa sociedade só será viável do ponto de vista económico, social, e ambiental, com um sector agrícola robusto”, disse.
Alertou, por fim, que a “transparência na formação do preço e a justa remuneração ao longo da cadeia de abastecimento agroalimentar são condições indispensáveis para a dignificação e atractividade do sector”.