O Grupo Parlamentar do PS acusou a Atlânticoline, empresa pública sob a alçada do Governo Regional dos Açores, de “não cumprir com as suas obrigações”, ao excluir a Calheta da ligação marítima com Angra do Heroísmo, na linha lilás, sem motivos convincentes.
Isabel Teixeira, deputada socialista eleita pela ilha de São Jorge, denunciou que nos passados dias 10 e 13 de Agosto, a Atlânticoline “alterou o seu percurso, deixando de incluir o Porto da Calheta”, justificando a alteração das viagens com “condições meteorológicas adversas”, uma justificação que “não corresponde à verdade”.
“Os habitantes da Calheta ficaram incrédulos com esta decisão, particularmente aqueles passageiros que tinham como destino o Porto da Calheta”, sublinhou a parlamentar.
Isabel Teixeira recordou que entre Junho e Setembro a Atlânticoline tem programado na Linha Lilás a “realização de duas viagens semanais”, tendo como “um dos pontos de partida e chegada, o Porto da Calheta”, estando prevista a ligação a Angra do Heroísmo.
Em requerimento endereçado ao Governo Regional dos Açores e submetido na Assembleia Legislativa Regional, os socialistas questionam “quais as verdadeiras razões para estes cancelamentos, quantos cancelamentos ocorreram na Linha Lilás desde Junho, se esses cancelamentos resultam de alguma reorganização das rotas ou do calendário previsto, se estão relacionados com a afectação da embarcação para outra rota e se estão previstos outros cancelamentos?”.
“A Atlânticoline deve cumprir serviço público, não voltar costas à população da Calheta de São Jorge ou de qualquer outro local dos Açores. Existe um planeamento, um horário, as pessoas planeiam as suas vidas em função disso e estas decisões avulsas prejudicam gravemente a vida e a economia daquela vila. A mobilidade das populações deve ser um direito e, no caso, cumpre ao Governo Regional dos Açores (PSD/CDS/PPM), através da Atlânticoline, garantir este direito, o que não está a acontecer”, realçou a deputada socialista eleita pela ilha de São Jorge, Isabel Teixeira.