O Bloco de Esquerda quer ter acesso às atas e ao relatório da decisão do júri do concurso público para a conclusão da obra do Mercado da Graça, para perceber o que correu mal. Num requerimento enviado ao presidente da autarquia, Avelina Ferreira, deputada municipal do Bloco de Esquerda, propôs que sejam encontradas soluções rápidas em conjunto com os comerciantes para melhorar as condições do actual espaço provisório, “que tem colocado em causa a qualidade dos produtos frescos e potencialmente a saúde pública”.
O novo adiamento da obra de requalificação do Mercado da Graça, em Ponta Delgada, agora sem data definida para a sua conclusão, levou a deputada municipal do Bloco de Esquerda a pedir esclarecimentos ao presidente da Câmara Municipal.
Avelina Ferreira quer que sejam divulgados os documentos referentes ao último concurso público para a conclusão da obra, que foi travado pelo Tribunal de Contas devido à “incorrecta exclusão” da proposta mais baixa, para que seja possível perceber o que correu mal e o que terá justificado as decisões do júri, e pediu ao presidente da autarquia uma resposta com urgência.
O Bloco salienta que “os comerciantes e clientes do Mercado da Graça estão há três anos numa cave com ventilação artificial por meio de ventoinhas e fraca iluminação, que tem colocado em causa a qualidade dos produtos frescos e potencialmente a saúde pública” e receia que esta situação venha a afectar a “reputação e o futuro do Mercado da Graça e dos seus comerciantes”.
Por isso, Avelina Ferreira propôs que, perante este novo contratempo, haja um trabalho imediato da autarquia junto dos comerciantes para tentar encontrar soluções que permitam melhorar as condições do espaço provisório onde estão a trabalhar há três anos e onde vão continuar a trabalhar por tempo indeterminado.
No requerimento são também solicitadas informações sobre medidas que já estejam a ser ponderadas pelo executivo camarário com este mesmo objectivo.