O Centro Cultural da Caloura irá inaugurar, no dia 14 de Setembro, pelas 17h00, a exposição individual intitulada «A Costela de Eva», da autoria de Luís Miguel Cordeiro. Esta mostra conta com o apoio da Câmara Municipal de Lagoa e ficará patente até ao dia 9 de Novembro, com horário de abertura ao público, de segunda a sábado, das 10h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30.
Trata-se da primeira exposição do artista, de alguns dos trabalhos que tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos. A criação desenvolve-se a partir de uma urgência de criar e celebra exactamente a criatividade espontânea, o uso de materiais incomuns e com a figura feminina quase como agente dessa libertação, nem sempre de forma figurativa, talvez até fragmentada ou completamente abstracta. Algumas obras transportam-nos ao universo da arte pop, com cores expressivas e com muita saturação.
De referir que, a exposição conta com a co-curadoria de Paula Mota. Além disso, a exposição integra o programa «Open Studios» do evento Walk&Talk, que decorre todos os anos no Arquipélago dos Açores. Através de um programa de residências artísticas, ao longo das suas 10 edições, o evento já acolheu mais de três centenas de artistas de múltiplas origens geográficas e disciplinares. Actua em rede e co-produz com estruturas congéneres, promovendo um ambiente favorável ao intercâmbio e à co-criação e, a partir dos Açores, imagina novas centralidades para a produção artística contemporânea.
Luís Miguel Cordeiro nasceu em 1980, em Ponta Delgada, onde reside actualmente.
Licenciado em Fisioterapia, pela Faculdade do Porto, e em Medicina Tradicional Chinesa, em Lisboa. Frequentou aulas de pintura com Paula Mota e Gregory LeLay, em Ponta Delgada, alguns workshops formativos tais como «Quimigrama», na Sociedade Nacional de Belas-Artes, e ateliers de pintura criativa. Desde 2003, tem produzido de forma livre e experimental, trabalhos com recurso a materiais diversos. Esta é a sua primeira exposição e inclui obras do período compreendido entre esse ano e a actualidade.
Recorde-se que, o Centro Cultural da Caloura é um espaço singular e único no arquipélago dedicado à arte contemporânea, fundado e gerido por Tomaz Vieira.
Quando não acolhe exposições temporárias, o visitante pode encontrar uma exposição permanente que contempla peças da autoria de Teixeira Lopes, Canto da Maia, Domingos Rebelo, Eduardo Nery, Victor Almeida, Raposo de França, Urbano, Cruzeiro Seixas, Medeiros Cabral, Maria Tomaz e Nina Medeiros, entre muitos outros.
Para além da sua colecção, tem promovido diversas iniciativas de índole cultural e educativa, desde lançamentos de livros, a exposições temporárias, concertos de música, actividades de promoção da literatura oral, entre outras acções.