Foi ontem publicado em Jornal Oficial o Plano Operacional da Telessaúde para o Serviço Regional de Saúde (SRS) da Região Autónoma dos Açores – o documento tem por objetivo a definição de uma estratégia que permita atualizar a operacionalização estruturada da telessaúde na região.
Mónica Seidi, Secretária Regional da tutela, considera que “as teleconsultas, bem como a telemonitorização, atendendo à dispersão arquipelágica, são mais um passo para facilitar a acessibilidade aos cuidados de saúde primários e especialidades médicas do SRS”.
Nesse sentido, prossegue, “era necessário dar um novo impulso a esta vertente da prestação de cuidados de saúde, uma vez que a telemedicina nunca tinha sido regulamentada no passado”.
O Programa do Governo Regional expressa a intenção de continuar a aposta nas consultas de telemedicina e no processo de digitalização do setor da saúde, de modo a conseguir um aumento de complementaridade e sinergias entre as instituições do SRS.
O documento ontem publicado define vários conceitos base, assim como um modelo de interação e organizacional. Está ainda previsto que cada instituição de saúde apresente um coordenador local para o programa, assim como um sistema de incentivos para a prática da telessaúde que integre os indicadores contratualizados com as unidades de saúde do SRS.
A Secretária Regional avança também que “em inícios de setembro, foram realizadas um total de 4.098 teleconsultas nas unidades de saúde de ilha da Região, e 9.154 nos três hospitais”.
A governante lembrou ainda que “os equipamentos para a realização destas teleconsultas são essenciais do ponto de vista da sua qualidade, pelo que através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi possível fazer uma renovação dos mesmos nas várias instituições do SRS”, num valor que ascendeu aos 100 mil euros.
E prosseguiu: “teremos melhores condições técnicas para que a comunicação entre os clínicos e os seus pacientes seja de maior qualidade, com um melhor entendimento entre as partes e criando um ambiente mais aproximado de uma consulta física, não colocando em causa a relação médico-doente”.
“Para o Governo Regional, em primeiro lugar estão a promoção da saúde e a prevenção da doença. O utente é prioritário e, por isso, continuamos a defender a igualdade de acesso à saúde em todos os concelhos”, conclui Mónica Seidi.