Francisco César reforçou, ontem, a disponibilidade do Partido Socialista para o diálogo com os restantes partidos, elencando um conjunto de matérias em que podem convergir, em prol de se alcançar “mais-valias para a nossa Região”.
Num encontro entre o Presidente da Assembleia Legislativa e os representantes eleitos pelos Açores, o Presidente do PS/Açores e deputado à Assembleia da República, salientou serem mais “as matérias que nos unem do que aquelas que nos separam”.
“Em relação à revisão da Autonomia, por exemplo, o Partido Socialista é favorável a que seja feita e que avance no tempo e no modo que seja possível”, afirmou o socialista, demonstrando, ainda, ser favorável a uma revisão extraordinária da Constituição, “logo que os parlamentos regionais terminem o seu trabalho sobre essa matéria”.
Já em relação à Lei de Finanças Regionais, o líder socialista alertou que a mesma deve ser revista “numa lógica regional de entendimento entre os principais partidos” e que só depois se deve falar com a Madeira, garantindo, desta forma, “que ela possa, efetivamente, servir os Açores”.
Na ocasião, Francisco César considerou haver matérias que podem avançar já, como a questão da Lei do Mar, indicando, a esse propósito, que o Partido Socialista irá avançar quer na Assembleia Regional como na Assembleia da República.
“A Lei do Mar é um compromisso que o Partido Socialista tem desde há muito, de avançarmos com a questão da gestão partilhada. Iremos, em breve, apresentar uma proposta na Assembleia da República neste âmbito e esperamos, naturalmente, que os partidos aqui representados possam acompanhar o Partido Socialista nessa posição, sendo que o Partido Socialista está disponível para alterar ou melhorar as redações dos artigos referentes a esta Lei, de forma a que possamos estar todos de acordo”, adiantou o Presidente do PS/Açores.
Salientando a abertura para o diálogo, Francisco César recordou a disponibilidade do Partido Socialista para a viabilização do Plano e Orçamento para 2025: “Elencámos onze propostas para podermos viabilizar o Orçamento dos Açores. Aguardo, serenamente, que o Presidente do Governo me contacte para que nos possamos sentar e construir uma solução. Sendo certo que este não é o Orçamento do Partido Socialista, estamos disponíveis para conversar”.