O Grupo Parlamentar do Chega Açores enviou à Assembleia Legislativa Regional um requerimento onde questiona sobre os apoios que têm sido concedidos ao sector cooperativo na Região, nomeadamente no sector agro-industrial.
Para os parlamentares muitas das cooperativas existentes na Região têm vindo a ser apoiadas pelos sucessivos Governos Regionais dos Açores “em milhões de euros ao longo dos anos”, sendo verdadeiros “sorvedouros de dinheiros públicos sem qualquer benefício para a sociedade e até para os seus cooperantes”.
Quando as cooperativas não são viáveis economicamente e estão em estado de falência técnica, mas vão sobrevivendo com apoios do Governo Regional dos Açores que “tem milhões de euros em cartas de conforto ao sector cooperativo”, trata-se de um “risco financeiro enorme e um pesado ónus para os contribuintes”, afirma o Chega.
É neste sentido que os parlamentares questionam quantas cooperativas existem na Região, quantas recebem apoios do Governo Regional dos Açores e quantas são viáveis economicamente. As que não o são, “continuam a receber apoios do Governo Regional dos Açores?”, querem saber os deputados que pedem uma discriminação do tipo de apoio concedido, por instituição, ao longo dos últimos dez anos.
Quais os requisitos necessários para as cooperativas poderem receber apoios governamentais e quais as contrapartidas desses apoios, são outras das questões que constam no requerimento que já deu entrada nos serviços da Assembleia Legislativa Regional dos Açores.
Para o deputado Francisco Lima, muitas das cooperativas dos Açores só sobrevivem com os subsídios do Governo Regional dos Açores “sem qualquer critério nem contrapartida em termos de gestão, sendo muitos destes apoios discricionários e sem critérios de racionalidade económica”.
Para Francisco Lima, “há demasiadas cooperativas que estão em falência técnica, mas continuam a receber apoios do Governo Regional. Há demasiadas cooperativas nos Açores e o seu financiamento está a ser pago por todos os Açorianos”, concluiu.