A Cimeira entre o Governo da República e os Governos Regionais dos Açores e da Madeira foi adiada para data ainda por determinar.
O encontro estava previsto para as próximas Terça e Quarta feiras, nas Furnas, em S. Miguel.
O adiamento deve-se à apresentação de um moção de censura, pelo Chega, ao Governo da Madeira, estando este impossibilitado de se deslocar a S. Miguel.
Entretanto, segundo sabemos, continuam as conversações entre os três governos sobre os assuntos em agenda, tendo o Presidente do Governo dos Açores dito ontem que “está tudo em bom andamento”.
Relacionamento com nova
administração dos EUA
José Manuel Bolieiro disse esperar “um contínuo e bom relacionamento” com a administração americana, depois da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas
“A democracia faz-se com a escolha do povo e, portanto, a escolha do povo americano está feita e nós estamos preparados para, respeitando a democracia e a vontade do povo americano, termos um contínuo e bom relacionamento – os Açores, em particular -, com a administração americana”, disse o líder do executivo açoriano.
José Manuel Bolieiro falava aos jornalistas em Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, à margem das cerimónias de inauguração da sede da Agência Espacial Portuguesa.
Nas declarações à comunicação social, o governante destacou a ligação dos Açores com os Estados Unidos da América.
“Temos uma ligação, enfim, de laços de sangue com a nossa diáspora, mas não só, também muitos [açorianos] das gerações sequentes estão hoje com responsabilidades políticas e do Estado”, afirmou.
Por isso, acrescentou, os Açores manterão “essas boas relações”.
“No quadro das relações entre Estados, Portugal, muito em função dos Açores, tem também um papel relevante nessa articulação. O meu desejo e obviamente, a minha expe-ctativa, é que esta situação não altera nada a relação entre o Estado Português, os Açores e a administração americana”, salientou.
José Manuel Bolieiro disse ainda que a sua expectativa é que, “fruto, também, das contingências globais e internacionais, se reconheça com mais intensidade a importância geoestratégica dos Açores e, desde logo, também, não só, mas de forma especial neste contexto mais bélico, da base americana na ilha Terceira, na base das Lajes”.
“Sim, a minha expectativa é que se compreenda, o mundo inteiro, e não apenas os Estados Unidos, da importância geoestratégica dos Açores. Aliás, eu tenho procurado promover a ideia de que os Açores são cada vez mais uma região de oportunidades, não apenas para si próprios, [mas] para o país, para a União Europeia e para o mundo”, acrescentou.