Uma auditoria do Tribunal de Contas publicada ontem revela que se verificaram “incoerências entre algumas das demonstrações financeiras da conta de 2023, designadamente entre a demonstração de fluxos de caixa, o balanço e a síntese das reconciliações bancárias, o que implicou que a informação apresentada naqueles mapas não evidenciasse de forma apropriada a posição financeira e os fluxos de caixa da entidade e impedia a comparabilidade da informação relatada com os períodos anteriores”.
Segundo a auditoria, os mapas da conta de 2023 foram corrigidos, mas para que tal sucedesse a entidade teve de proceder também a correções nas contas dos anos de 2022 e de 2021.
Só foi possível realizar a demonstração numérica, nos termos do artigo 53.º, n.º 2, da LOPTC, após a entidade ter promovido as correções nas contas, avança o tribunal.
Na Certificação Legal de Contas, relativa ao ano de 2023, datada de 24-04-2024, o revisor oficial de contas emitiu uma opinião com uma reserva e com uma ênfase relativamente às demonstrações financeiras. Já sobre o relatório de gestão, excetuando os possíveis efeitos da reserva e da ênfase sobre as referidas demonstrações, o mesmo foi preparado de acordo com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis em vigor, não tendo sido identificadas incorreções materiais, lê-se na auditoria a que o nosso jornal teve acesso. Neste sentido, o TC faz recomendações à Lotaçor.