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Açores já têm mais explorações agrícolas dedicadas à carne do que à produção de leite

O grau de especialização das explorações agrícolas dos Açores é muito elevado, representando as explorações especializadas 73,1% do total, revela um estudo do Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA) divulgado ontem.
A especialização das explorações em produção animal é muito significativa, representando 61,4% do total das explorações.
A especialização em bovinicultura de carne corresponde a 38,9% do total das explorações e a especialização em bovinicultura de leite a 20,1%.
As pastagens permanentes representam 71,9% da Superfície Agrícola Utilizada (SAU), seguindo-se os prados temporários e culturas forrageiras com 24,7%.
Esta composição da SAU ilustra bem o tipo de explorações da RAA, com uma predominância de explorações pecuárias (herbívoros) muito elevada.

Menos bovinos e menos suínos

O número total de bovinos passou de 282,8 mil em 2019 para 270,0 mil em 2023.
O número de vacas leiteiras também diminuiu, tendo passado de 95,4 mil em 2019 para 86,5 mil em 2023.
Contudo, o número médio de bovinos por exploração agrícola aumentou, passando de 41,1 bovinos por exploração em 2019 para 43,6 em 2023.
Relativamente às vacas leiteiras, em 2019 a média era de 39,3 vacas por exploração, tendo aumentado para 41,9 em 2023.
O número total de suínos teve um ligeiro decréscimo, passando de 49,2 mil em 2019 para 48,2 mil em 2023.
O número médio de suínos por exploração agrícola diminuiu, sendo de 30,5 suínos por exploração em 2019 e de 27,2 em 2023.

Os mais jovens do país

Os produtores agrícolas singulares dos Açores são os mais jovens do país e apresentam uma média de idades de 56 anos, nove anos abaixo da média nacional que é de 65 anos.
A grande maioria dos produtores agrícolas singulares são homens (81,0%) e apenas concluíram o ensino básico (78,4%), sendo ainda muito poucos os que concluíram o ensino superior (4,3%).
O nível de instruçãomdos produtores da RAA é mais baixo que o nacional, onde 69,7% concluíram o ensino básico e 10,5% concluíram o ensino superior.

Valor afectivo
fala mais alto

Grande parte dos produtores agrícolas (95,7%) declarou a intenção de continuar com a atividade agrícola nos próximos dois anos, sendo uma percentagem praticamente igual a 2019, onde a quase totalidade dos produtores (96,0%) tencionava continuar.
Contudo, os principais motivos indicados para a continuidade da atividade agrícola alteraram-se substancialmente face a 2019, com principal destaque para o valor afetivo da exploração agrícola que registou um aumento considerável, passando de 30,6% em 2019 para 40,0% em 2023.
Por outro lado, ocorreu um decréscimo significativo no número de produtores que apresentou como principal motivo de continuidade da atividade agrícola a viabilidade económica da exploração, passando de 21,3% em 2019 para 14,9% em 2023.

Menos explorações agrícolas

Em 2023 foram contabilizadas 9 263 explorações agrícolas na Região Autónoma dos Açores (RAA), significando uma redução de 12,7% em relação a 2019.
A Superfície Agrícola Utilizada (SAU) manteve-se praticamente idêntica, passando de 120 632 hectares em 2019 para 120 590 hectares em 2023.
Consequentemente, a redução significativa do número de explorações traduziu-se num aumento expressivo da dimensão média das explorações agrícolas, que passou dos 11,3 hectares em 2019 para os 13,0 hectares em 2023.

A importância da mão de obra
familiar

Os produtores singulares são claramente predominantes na natureza jurídica do produtor, representando 95,7% do total.
Dentro destes, são mais representativos os produtores com utilização maioritária de mão de obra familiar, embora com recurso à contratação de trabalhadores assalariados, representando 74,1% dos produtores singulares.
A mão de obra agrícola baseia-se maioritariamente na estrutura familiar, dado que 73,4% do volume de trabalho assenta na população agrícola familiar.
As explorações agrícolas da RAA recorrem em média a 1,1 UTA, valor próximo da média nacional que é de 1,2 UTA.

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