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PSD e PS com visões diferentes sobre o turismo

O PSD/Açores considerou ontem que o turismo na Região “está no caminho certo” e de parabéns, mas o PS faz uma análise diferente e alerta que o setor não cresce de forma homogénea em todo o arquipélago.
“Estou aqui, em nome do PSD dos Açores, para afirmar que, sem sombra de dúvida, que, apesar das previsões catastrofistas do PS, o turismo dos Açores está no caminho certo. E está, por isso, de parabéns”, afirmou o deputado Ruben Cabral na declaração política que fez no parlamento regional açoriano, na Horta, ilha do Faial.
O social-democrata afirmou que “quando o PS dizia que o turismo dos Açores estava em retrocesso, a realidade dos números desmentiu sempre este catastrofismo, e os indicadores são claros”.
Como exemplo, referiu o número de hóspedes, indicando que na comparação do Verão IATA [que decorre de Março a Outubro] de 2023 e 2019 “há um aumento de 19%”.
“E comparando 2024 com 2019 há um aumento de 28% e, comparando o Inverno IATA [decorre entre Outubro e Março] 2023/2024 com 2018/2019, há um aumento de 35%”, prosseguiu.
Também referiu que nunca o destino turístico Açores “teve tantas ligações e tantas companhias aéreas a voar” para a região como agora, indicando que em 2019 eram cinco e em 2024 “já são 14”.
“Estamos realmente convictos (…) que o facto de termos hoje um Governo [Regional da coligação PSD/CDS-PP/PPM] com uma ideia clara e um programa estruturado para o turismo na região, é um fator essencial para estes resultados que são crescentemente positivos”, afirmou Ruben Cabral.
No debate, o deputado socialista Carlos Silva (PS) alertou que o turismo não cresce de forma homogénea em toda região e disse que “é preciso ter uma atenção particular” para as ilhas Graciosa e Santa Maria, entre outras.
O socialista deixou também desafios relacionados com as companhias aéreas que operam na região, com a qualificação da mão-de-obra e a integração de imigrantes, com o aumento dos profissionais e com o ordenamento do setor do turismo.
Já José Pacheco (Chega), disse que o turismo “é um setor fundamental nos Açores, é um setor que não é novo, mas ganhou nos últimos anos uma nova dinâmica, uma nova força e fez surgir novos negócios que não existiam”. No entanto, salientou que a região não pode cair no “velho erro da monocultura”.
Pelo CDS-PP, Pedro Pinto considerou que os números e o sucesso do setor “são um importante marco” no desenvolvimento económico dos Açores: “O turismo já tem um forte impacto na nossa economia”.
O parlamentar único do BE, António Lima, referiu que o crescimento do turismo apontado pelo PSD “não significa só por si que tudo esteja melhor”.
O parlamentar considera fundamental que a economia da Região não dependa só do turismo e alertou que “é preciso ter muito cuidado pelo excessivo peso que pode ter”.
Por seu turno, o deputado Paulo Margato (PPM) destacou o papel fulcral que o turismo tem desempenhado e apontou que é o setor que “mais alavanca o crescimento dos outros setores produtivos”. Também destacou os prémios obtidos pela região e referiu que os Açores não estão só focados no turismo, pois “é verdade que estão a crescer também na área das pescas e da agricultura”.
Por último, o deputado Nuno Barata (IL) disse que o turismo tem estado na ordem do dia, embora salientasse que a liberalização do espaço aéreo, a partir de 2015, “funcionou, pôs o destino turístico Açores no mapa”.
A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, recordou que a Região tem um plano estratégico e de marketing “que tem sido a matriz” do desenvolvimento turístico e que os galardões obtidos “são o reconhecimento do trabalho feito”.
Depois de referir que o turismo conhece atualmente um momento de “ouro”, esclareceu que o Plano Estratégico e de Marketing do Turismo aponta o combate à sazonalidade e a região já tem “turismo todo o ano em todas as ilhas”.
“Todas as ilhas cresceram muito em dormidas. As que cresceram mais foram as Flores e a Terceira”, concluiu.

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