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Ermida de Nª Sª da Paz já é Santuário Diocesano

A ermida de Nossa Senhora da Paz, em Vila Franca do Campo, foi elevada a santuário.
O bispo de Angra quer que seja “respeitoso da natureza” e “ecologicamente sustentável”.
“Oxalá que este seja um santuário, também, respeitoso da natureza, que seja ecologicamente sustentável, possa ter técnicos e artistas, gente interessada em fazer um santuário próprio do século XXI, que fale ao homem de hoje, com as mesmas necessidades de oração, de peregrinar e de se converter de todas as épocas, mas também, provavelmente, por formas e caminhos novos”, disse o bispo D. Armando Esteves Domingues na sua homilia.
Segundo o prelado diocesano, o novo santuário é o primeiro mariano da ilha de São Miguel e o terceiro mariano da diocese de Angra, que se junta aos cinco já existentes nos Açores: Senhor Santo Cristo (São Miguel), Senhor Santo Cristo da Caldeira (São Jorge), Senhor Bom Jesus (Pico), Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora dos Milagres (Terceira).
A decisão de elevação da ermida de Nossa Senhora da Paz a santuário foi tomada por unanimidade pelo Conselho Presbiteral, em abril de 2024, “depois de vários apelos feitos ao longo de mais de vinte anos”, indicou a diocese de Angra em comunicado.
Na cerimónia realizada no dia em que a igreja católica comemora o Dia Mundial da Paz, D. Armando Esteves Domingues referiu que a elevação da ermida de Nossa Senhora da Paz a santuário é “fruto de um longo percurso de oração, manifestação pública e peregrinação”.
“Já muitos aqui caminharam [em direção] à ermida, numa confissão de fé (…). Podemos mesmo dizer que este santuário, de certa forma, já era ‘consagrado’ pela afluência de peregrinos e pode, por isso, dizer-se que há santuários ‘de facto’, [e] que este até já era um pouco na devoção popular. Já muitos peregrinos aqui tomaram decisões que certamente marcaram as suas vidas”, afirmou.
E prosseguiu: “Se calhar as paredes, sobretudo da ermidinha, agora santuário, contêm certamente histórias de conversão, de perdão e de dons recebidos, que muitos poderiam contar”.
Armando Esteves Domingues assumiu que o templo religioso de Nossa Senhora da Paz inicia “uma nova história” e deixou algumas recomendações aos reitores e a quem vai colaborar na pastoral do novo santuário mariano da ilha de São Miguel.
Uma das recomendações está relacionada com o acolhimento aos peregrinos e, por muitos serem turistas, pediu aos responsáveis que procurem “tentar proporcionar-lhes uma profunda experiência de Deus”.
Outro aspeto é “dar tempo para a proximidade” de quem procura conforto espiritual e humano ou “apenas uma conversa amiga”.
O bispo de Angra desejou ainda que o novo santuário seja um centro de irradiação espiritual na região e na ilha, “com dinâmicas de nova evangelização como o papa recorda num documento recente para os santuários”, bem como um lugar de divulgação da espiritualidade mariana.
“Oxalá que hoje aqui se levante a bandeira da paz”, para aproximar os homens e para que a força da oração seja “mais forte que as armas”, desejou ainda o prelado diocesano de Angra.
A ermida de Nossa Senhora da Paz, no concelho de Vila Franca do Campo, foi construída em 1764, mas “remonta a um templo mais primitivo, erguido, possivelmente, no século XVI, no local onde um pastor terá encontrado uma imagem da Virgem numa gruta”, segundo a diocese.
“O atual templo, erguido sobre o anterior, data do século XVIII e tem a particularidade do acesso ser feito por uma escadaria de 100 degraus, cujos patamares representam os mistérios ‘gososos e dolorosos’, correspondendo no seu conjunto a dois terços do rosário”, acrescenta.
O templo está classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Governo Regional dos Açores desde 1991.

(Fotos: Igreja Açores)

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