Edit Template

Farol do Albarnaz, o mais ocidental da Europa,na ilha das Flores, faz 100 anos

O farol do Albarnaz, o mais ocidental da Europa, situado na ilha das Flores, comemorou ontem 100 anos de existência e continua a cumprir a sua missão, segundo o diretor de faróis da Autoridade Marítima Nacional (AMN).
“É um dos faróis icónicos dos 53 faróis que iluminam a nossa costa”, disse Pedro Castro, referindo-se ao território entre o continente português e os arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Questionado sobre o futuro do equipamento centenário, o diretor de faróis da AMN respondeu que há uma certeza: “Nós vamos continuar a ter o farol a funcionar.”
“Está mais do que provado que [os faróis] continuam, apesar de todos os automatismos e [de] toda a eletrónica, a ter um papel muito importante na segurança da navegação. E eu, como diretor de faróis, com as instruções que também recebo superiormente, [estou] a tentar garantir a manutenção deste extenso património que são todos os faróis, os seus edificados, para o futuro”, justificou o comandante.
De um modo geral, Pedro Castro admitiu que o caminho destes equipamentos também passará pelo estabelecimento de parcerias “com as entidades locais e outras” e por “haver outros aproveitamentos” das instalações, indicando que já existem “vários casos de sucesso” a nível nacional, como acontece com o farol museu de Santa Marta, em Cascais (distrito de Lisboa).
No caso do farol do Albarnaz, situado num lugar “muito inóspito” da ilha das Flores, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores manifestaram interesse em construir um miradouro junto ao edifício, admitindo o responsável que no futuro se possa fazer um protocolo de cedência do terreno para essa utilização.
Segundo o diretor de faróis da AMN, o farol centenário da ilha das Flores tem três faroleiros na sua guarnição.
A nível nacional os faroleiros estão divididos em três quadros: Açores, Madeira e continente.
Como desde 2018 não havia cursos de faroleiros, verificou-se uma degradação dos quadros. No caso dos Açores, o responsável indicou que o quadro compreende 34 faroleiros e “está com 28, o que, para distribuir pelos 16 faróis que existem nas ilhas, é francamente reduzido”.
“Felizmente, já temos a decorrer um curso de faroleiros, dos quais cinco estão já destinados para os Açores e, em breve, irá abrir um novo curso onde poderemos, então, completar o quadro previsto para a lotação do quadro dos Açores dos tais 34”, disse.
A primeira responsabilidade que os faroleiros têm, lembrou Pedro Castro, é a manutenção do equipamento e o assinalamento marítimo.
No entanto, acrescentou, “até se costuma dizer que o faroleiro é um homem dos sete ofícios”.
“Porque é um técnico de assinalamento marítimo, mas faz todas as tarefas.
Isto na tradição do isolamento que havia, que agora, felizmente, já não é assim tanto, mas, por isso, eles acabam por ser carpinteiros, eletricistas, pintores e também relações públicas, quando estão a receber as pessoas”, indicou.
O farol centenário da ilha das Flores recebe visitas gratuitas às quartas-feiras de tarde.
Segundo Pedro Castro, o equipamento irá integrar a futura Rota Europeia de Faróis, fundada em 7 de Setembro de 2023 por Portugal, França, Países Baixos, Noruega, Estónia, Irlanda e Alemanha, para promover turisticamente os faróis e fomentar a criação cultural e artística.
Segundo a Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, da ponta do Albarnaz, onde se situa o farol, “goza-se de uma paisagem fenomenal sobre a costa oeste do concelho”.

Edit Template
Notícias Recentes
“Ritmos da Cidade” anima concelho da Lagoa durante o Verão
Treinadores açorianos de Karate em estágio internacionalem Coimbra
Açores com a menor taxa de empregos vagos do país
Governo dos Açores conclui segundo Relatório de Monitorização do Programa Regional para as Alterações Climáticas
Ponta Delgada entre as cidades mais procuradas por turistas nacionais para férias em Julho
Notícia Anterior
Proxima Notícia

Copyright 2023 Diário dos Açores