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Secretária da Saúde afirma que construção do hospital modular foi sustentada tecnicamente

A secretária regional da Saúde assegurou que a decisão de construção de um hospital modular, na sequência do incêndio no hospital de Ponta Delgada, foi sustentada tecnicamente, acusando o ex-administrador da unidade de faltar à verdade
“O Governo Regional não tomou decisões sem as mesmas estarem sustentadas e não é uma teimosia nem da direção clínica, nem da secretária regional da Saúde, como querem fazer parecer. São decisões sustentadas tecnicamente e apoiadas”, afirmou a titular da pasta da Saúde nos Açores, Mónica Seidi, em declarações aos jornalistas.
Na Quarta-feira, o ex-vogal do conselho de administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, António Vasco Viveiros criticou a opção de construção de um hospital modular, defendendo, em alternativa, a recuperação daquela unidade de saúde, afetada por um incêndio no dia 4 de Maio de 2024.
“Como era possível recuperar o hospital, e nós tínhamos consciência disso, é evidente que sempre tive dúvidas técnicas relativamente à opção do modular”, disse durante uma audição parlamentar, a pedido da bancada do PS.

Secretária desmente
ex-administrador

O ex-administrador, que foi deputado do PSD, disse ainda que a opção pela construção do hospital modular “foi decidida e proposta pela direção clínica, foi assumida pela tutela, e não foi um processo que tenha sido agendado para qualquer reunião do conselho de administração”.
Questionada sobre estas declarações, a secretária regional da Saúde do Governo Regional de coligação (PSD/CDS-PP/PPM) disse que era “totalmente falso” que os membros do conselho de administração não tivessem concordado com a construção de um hospital modular.

Manuela Gomes de Menezes
também concordava

Segundo a governante, a decisão já estava tomada, “pelo menos há duas semanas”, quando António Vasco Viveiros integrou o conselho de administração, o que, segundo o próprio, aconteceu a 23 de Maio.
“Lamento a triste figura que foi feita e infelizmente foram ditas muitas coisas que não correspondem à verdade”, vincou Mónica Seidi.
Na audição, António Vasco Viveiros disse que a então presidente do conselho de administração, Manuela Gomes de Menezes, também não concordava com a solução encontrada, mas a titular da pasta da Saúde disse que foi a administradora a enviar-lhe o primeiro desenho do hospital modular.
“No dia 31 de Maio de 2024, houve a segunda reunião do grupo de trabalho de acompanhamento da recuperação do HDES. Nessa reunião, a dra. Manuela Gomes de Menezes pronunciou-se à frente de todo o grupo de trabalho, dizendo que o projeto do hospitalar modular era o projeto que o conselho de administração queria que avançasse”, revelou.
Mónica Seidi acrescentou que António Vasco Viveiros, presente nessa reunião, “não se manifestou contra o projeto”.
“Podia não concordar, mas, se quando ele chegou, essa já era a decisão, podia não ter aceite o convite feito por mim para integrar o conselho de administração”, reiterou.
Segundo a governante, a decisão foi “sustentada tecnicamente” e contou com o apoio da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Enfermeiros.

Vieram peritos de fora

“Inclusive, tivemos peritos de fora que vieram avaliar a situação, nomeadamente o presidente do conselho de administração do Hospital de Santa Maria, tivemos as equipas de engenheiros do Hospital de Santa Maria que vieram à região e continuarão a vir num futuro próximo para nos dar um apoio técnico. Nenhum deles contestou as opções que tinham sido tomadas até ao momento”, salientou.
Quanto às alegações do ex-vogal de que o hospital tinha condições para reabrir na totalidade no final de Agosto, a titular da pasta da Saúde disse que eram declarações “infundadas e sem sustentabilidade técnica”, que tentavam “pôr em causa toda a estratégia que tem vindo a ser desenvolvida”.
“Não tenho conhecimento de nenhum relatório que diga que era possível reabrir o hospital em agosto e que bastaria uma verba irrisória de meio milhão de euros para isso ser feito. Só a substituição integral de deteção de alarmes e incêndios do HDES no mínimo custava meio milhão de euros”, apontou.
Mónica Seidi adiantou que o processo de retoma da prestação de cuidados de saúde no espaço físico do HDES ficará concluído no dia 5 de Fevereiro.

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