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Ao vivo e a cores

Assistimos no sofá, ao vivo e a cores, ao advento da maior desordem mundial dos tempos modernos. Fruto da megalomania de um narcisista, inculto erude, candidato a ditador, para não lhe chamar fascista.
Um sociopata e criminoso condenado que criou um movimente de culto designado de MAGA (tornar a América grande outra vez) quando, ironicamente, a América ainda é o país mais poderoso do mundo. Um movimento que sequestrou o partido republicano e o tornou num mero servidor das suas prepotências e paranóias.
Os seus objectivos são claros: tornar-se num presidente-rei, destruindo o estado de direito e as instituições democráticas nomeadamente o congresso, o senado e a estrutura judicial. Antecipando, desde já, a sua manutenção no poder para alem dos limites constitucionais. À boa maneira do seu novo/velho aliado Putin e outros que tal.
Com uma imparável “diarreia” de ordens executivas que já ultrapassou as 100 e que exibe como troféus de caça, com a sua assinatura rendilhada perante um séquito de serventuários engravatados e anunciados por uma loira de cruz ao pescoço e sorriso plástico que mais parece saída de um quadro humorístico do Herman José.
Culminando com a mirabolante teoria económica de que todos os países do mundo, talvez com a excepção da Rússia, estão a roubar a América e que o antídoto é a proliferação de tarifas punitivas que lançaram as bolsas de valores num caos e criaram um verdadeiro pânico na economia mundial. Um doido à solta, incensado pelos seus seguidores acríticos e de mão estendida, e que, para já, ninguém parece poder parar. Um indecoroso espectáculo que ameaça criar uma recessão mundial.
Enquanto os nossos políticos, em campanha eleitoral, se entre tema discutir o sexo dos anjos como se estivéssemos já no paraíso marciano de Elon Musk e imunes a toda esta turbulência que ameaça tornar-se num verdadeiro tsunami, económico e social, de proporções catastróficas.
Um tema que deveria ser obrigatório porque se arrisca a ser o factor mais importante e determinante da nossa vida colectiva, em vez de assobiar para o lado. A presente corrida eleitoral deveria ser uma grande oportunidade para debater a nossa posição na Europa e, sobretudo, a nossa posição face à grave questão das tarifas que podem pôr em causa as nossas exportações, pilar nevrálgico da nossa economia
Os actuais debates e tomadas de posição que estão a ocorrer em Bruxelas deveriam ser, de facto, uma questão central nos debates que estão a decorrer entre nós. Será fulcral saber quais as posições dos diversos partidos em relação a matérias tão importantes e que poderão pôr em causa a nossa vida, como a conhecemos.
Felizmente, as manifestações publicas de protesto nos Estados Unidos estão a surgir por todo lado e já se contam em sete os representantes republicanos que se mudaram para o lado dos democratas. Muitos eleitores suburbanos, especialmente em áreas com maior escolaridade e diversidade, estão a rejeitar candidatos associados a Donald Trump e ao extremismo político. O que tem levado a uma maior competitividade em distritos antes dominados pelos republicanos.
Milhões de pessoas participaram recentemente em manifestações contra Donald Trump e Elon Musk nos Estados Unidos e em várias cidades internacionais. Os protestos, organizados pelo movimento “Hands Off!” (Tirem as Mãos), ocorreram em mais de 1.200 locais nos 50 estados americanos e além-fronteiras, como Londres e Paris. Os manifestantes criticam as políticas da administração Trump, incluindo os cortes em programas sociais como Medicaid, ataques a direitos de imigrantes e pessoas trans, e a redução de pessoal governamental. As manifestações foram pacíficas e mobilizaram mais de 600 mil inscritos, com estimativas de até três milhões de participantes nos Estados Unidos.
Enquanto há vida, há esperança, mas, como diria o povo: fia-te na virgem e não corras e vais ver a volta que levas.

Antonio Simas Santos

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