Foram candidatados ao sistema de incentivos Construir 2030, entre Agosto de 2023 e Março de 2025, 839 projetos de investimento, totalizando 365,6 milhões de euros.
Das quatro medidas de apoio que constituem aquele sistema, os Negócios Estruturantes, que apoiam a base económica de exportação, lideram o ranking do investimento com 286 milhões de euros (78% do total), referentes a 102 projetos empresariais.
Contudo, a medida Pequenos Negócios, destinada a investimentos de reduzida dimensão, lidera o top de projetos candidatados com 610 candidaturas (73% do total) e um total de investimento de 34 milhões de euros.
A Base Económica Local, vocacionada para projetos direcionados ao mercado regional, acolheu 106 candidaturas e 40 milhões de euros, e o Jovem Investidor, medida destinada exclusivamente a empresas nascentes, integralmente detidas por jovens empreendedores, recebeu 23 candidaturas que totalizaram cinco milhões de euros.
Em termos de áreas de negócio, o Alojamento Local, com projetos em todas as ilhas, tem maior presença em São Miguel, Pico e Flores, enquanto que o Comércio e os Serviços têm maior expressão na Terceira, São Miguel e Faial, situação semelhante à da Restauração e Similares, onde a maior parte das candidaturas está localizada nas ilhas de Santa Maria, Terceira e São Miguel.
De acordo com o Diretor Regional do Empreendedorismo e Competitividade (DREC), Bruno Belo, os agentes económicos estão a aproveitar aquela que é a mais relevante ferramenta de política económica regional, com carácter estrutural, para investir em áreas que apresentam maiores índices de competitividade, fomentando igualmente a diversificação e fortalecendo as possibilidades de cooperação e complementaridade económica entre as várias ilhas.
Neste que foi apenas o primeiro período de candidaturas – recorde-se que o Construir 2030 terá concursos até 2027 – foram contemplados todos os concelhos dos Açores, o que demonstra a adequação do sistema de incentivos, não apenas às realidades económicas de cada ilha, como às necessidades das empresas instaladas e dos investidores, contribuindo decisivamente para a geração de valor ao nível local e para a fixação de pessoas, com particular destaque para os territórios menos povoados.
Embora só agora esteja a ser fechado o primeiro concurso de candidaturas, o Construir 2030 já injetou mais de um milhão de euros na economia açoriana em pagamentos a projetos aprovados.
A Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública despoletou, entretanto, o processo de revisão do Construir 2030, o qual permitirá introduzir melhorias ao nível das quatro medidas de apoio daquele sistema, resultantes da experiência adquirida nesta fase inicial, aguardando-se novidades para breve.