No 4.º trimestre de 2024, o menor crescimento homólogo dos preços da habitação (3,0%) foi registado na Região Autónoma dos Açores. A sub-região do Douro apresentou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (610 euros/m2).
No período em análise, 54 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios), Grande Lisboa (todos os 9 municípios), Península de Setúbal (8 em 9 municípios) e Área Metropolitana do Porto (7 em 17 municípios).
Os dados foram publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que neeste período, o preço mediano dos 44 115 alojamentos familiares transacionados em Portugal foi 1 870 euros/m2, na sequência de uma taxa de variação de 15,5% em relação ao 4.º trimestre de 2023 (10,8% no trimestre anterior). O número de transações de alojamentos familiares em Portugal aumentou 34,2% em relação ao mesmo trimestre de 2023. O preço mediano da habitação aumentou, em relação ao período homólogo de 2023, nas 26 sub-regiões NUTS III, destacando-se a Região Autónoma da Madeira com o maior crescimento (54,9%).
O INE revela ainda que foi na Região Autónoma dos Açores onde se registou a maior diferença entre o preço mediano de alojamentos familiares adquiridos por famílias e o preço da habitação dos compradores pertencentes aos restantes sectores institucionais que não as famílias (854 euros/m2, o que corresponde a mais 165,2%).
O município de Lisboa (4 340 euros/m2) registou o preço mais elevado do país. Verificaram-se também valores superiores a 3 400 euros/m2 em Cascais (4 053 euros/m2), Oeiras (3 471 euros/m2) e Lagos (3 452 euros/m2). Em 2024, o município de Lisboa registou o maior número de transacções de alojamentos familiares do país (8 300) e com mais de 4 500 vendas destacavam-se os municípios de Sintra (5 817), Vila Nova de Gaia (5 394) e Porto (4 564).