O líder do PS Açores, Francisco César e candidato às legislativas de Domingo próximo, defendeu a alteração do modelo de acessibilidades marítimas no arquipélago, por considerar estar em causa um sistema de transporte de cargas e mercadorias que “não funciona” e está a penalizar toda a Região.
“Nós temos um modelo de acessibilidades, de carga e mercadorias marítimas, que pura e simplesmente não funciona e que já teria sido alterado caso o PS estivesse no Governo”, afirmou Domingo o socialista, para defender que uma alteração ao atual modelo será uma prioridade para o Partido Socialista.
“Por isso é que nós negociamos, o PS Açores com o PS Nacional, colocar no topo das nossas prioridades a alteração desse modelo de acessibilidades marítimas para que possam existir obrigações de serviço público pagas, que obriguem e permitam uma maior eficiência no modelo e que ele sirva efectivamente as populações”, acrescentou, citado em nota do partido.
Francisco César, que falava à margem de uma visita ao Porto das Lajes das Flores, sublinhou que este não é apenas um problema da Ilha das Flores, mas de todo o arquipélago. “Temos neste momento um enorme problema relacionado com acessibilidades, quer marítimas, quer aéreas”, referiu, apontando falhas estruturais em todas as ilhas. “O modelo atual está obsoleto. Os navios de mercadorias não chegam a nenhuma ilha na data prevista, faltam contentores, há mercadoria que fica no cais e as ilhas não são abastecidas como deveriam ser”, denunciou. “Mesmo com um navio dedicado às Flores, o gado não é escoado, as mercadorias não saem, e as compras feitas pelos habitantes não chegam ou chegam tardiamente”, frisou,
Já em relação às acessibilidades aéreas, o candidato destacou também as dificuldades que os açorianos enfrentam (…)- O modelo não funciona.” Apesar do financiamento superior a 10 milhões de euros por parte do Governo da República às Obrigações de Serviço Público aéreas inter-ilhas, o Presidente do PS Açores defendeu ser necessário “modificar a forma como está a ser gerida a SATA e como estas obrigações estão a ser aplicadas”.