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Açores registam a maior diminuição do país no número de partos em 2024

Em 2024, ocorreram 84 059 partos em Portugal, o que corresponde a menos 1 059 ocorrências do que em 2023, após dois anos de aumento deste indicador, destacando-se o decréscimo observado entre as parturientes residentes na Região Autónoma dos Açores (-8,7%), de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados revelam que, nos últimos 20 anos, a idade das parturientes tem aumentado: a proporção de partos de mães entre os 35 e os 39 anos passou de 14% para 24%.
Do total de partos ocorridos em 2024, 99,7% (83 772) foram de mulheres residentes no país e 0,3% (287) de mulheres residentes no estrangeiro.
O maior número de partos de mães residentes no país ocorreu na região Norte (29,8%) e na Grande Lisboa (25,6%), seguindo-se a região Centro (13,7%), a Península de Setúbal (9,7%) e a região Oeste e Vale do Tejo (7,7%). Entre 2023 e 2024, o número de partos apenas aumentou na Região Autónoma da Madeira (+2,4%), no Oeste e Vale do Tejo (+1,2%), na Grande Lisboa (+0,9%) e na Península de Setúbal (+0,1%).
Nas restantes regiões NUTS II, observou-se um decréscimo que foi mais acentuado na Região Autónoma dos Açores (-8,7%), mas também no Norte (-3,5%) e no Alentejo e no Algarve (em ambos os casos, -2,4%).
Em 2024, a proporção de partos de mães de nacionalidade estrangeira foi, no conjunto do país, de 26,3%.
Este indicador foi mais expressivo em municípios do Algarve e da Grande Lisboa e menos frequente nas Regiões Autónomas, nas regiões Norte e Centro e no interior alentejano.
Mais de metade das mulheres eram de nacionalidade estrangeira em Aljezur (68,4%), Vila do Bispo (64,7%), Odemira (62,5%) e Albufeira (52,8%). Destacam-se ainda, pela proporção superior a 45%, os municípios de Pedrógão Grande (50,0%), Amadora (48,1%), Entroncamento (47,2%) e Odivelas (45,5%).
As nacionalidades das parturientes mais representadas em relação ao total de partos ocorridos em Portugal, em 2024, foram: 10,1% Brasil; 2,2% Angola; 1,7% Cab Verde; 1,5% São Tomé e Príncipe; 1,4% Guiné-Bissau; 1,3% Índia; 1,2% Bangladesh e 1,1% Nepal.
Em 80% dos partos realizados em 2024, as mães tinham entre 25 e 39 anos (67 201 partos), sendo que num terço do total de partos as mulheres tinham entre 30 e 34 anos. No mesmo ano, ocorreram 20 partos de parturientes com idades compreendidas entre 10 e 14 anos.
Nos últimos 20 anos, a idade das parturientes tem aumentado: entre 2003 e 2024, o número de partos de mulheres entre os 45 e os 49 anos passou de 196 para 560 e o número de parturientes com 50 ou mais anos passou de 6 para 49. No mesmo período, a proporção de partos de mães dos 35 aos 39 anos passou de 14% para 24%.
Em 2024, dos 84 059 partos realizados: 71,3% foram assistidos por médico, 27,9% foram assistidos por enfermeira parteira, 0,8% foram assistidos por enfermeira não parteira, não foram assistidos ou desconhece-se o tipo de assistência.
Em relação ao local de ocorência, 82 911 ocorreram num estabelecimento hospitalar, 841 ocorreram no domicílio e 307 ocorreram noutro local.
A proporção de partos distócicos (com intervenções instrumentais como o fórceps e a ventosa, ou por cesariana) realizados em hospitais tem aumentado, em particular no que respeita às cesarianas: entre 1999 e 2023, passaram de 27% para 37% dos partos realizados em hospitais.
Em 2024, a proporção dos partos gemelares (com dois ou mais nascimentos) aumentava com a idade das mães: 40% dos partos gemelares ocorridos em 2024 respeitavam a mães com 35 ou mais anos, enquanto a proporção dos partos simples nas mesmas idades foi de 32%.
Em 2024, para 92,9% dos partos de natureza simples, as parturientes tiveram uma gravidez com duração superior a 37 semanas. No caso dos partos de natureza gemelar, 52,9% tiveram uma gravidez compreendida entre as 32 e as 36 semanas, e 36,9% superior a 37 semanas.

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