O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), departamento que orienta, coordena e fiscaliza as actividades de protecção civil e dos corpos de bombeiros, além de assegurar o sistema de transporte terrestre de emergência médica, está a assinalar 45 anos de actividade.
Em entrevista, Rui Andrade, Presidente do SRPCBA, faz um balanço da evolução da protecção civil na Região e perspectiva o futuro daquele que é serviço indissociável do quotidiano de todos os que vivem nas ilhas dos Açores.
O SRPCBA celebra este ano 45 anos de existência. Que balanço faz destas mais de quatro décadas de serviço à Região Autónoma dos Açores?
Os 45 anos do SRPCBA convidam, efectivamente, a um olhar atento sobre o seu percurso, o seu propósito e o seu impacto no sistema de protecção civil da Região. Criado após o sismo de 1980, surgiu da necessidade de termos uma estrutura capaz de coordenar respostas a emergências, apoiar populações e preparar o futuro.
Desde então, o SRPCBA cresceu de forma consistente, com investimentos em meios técnicos, infra-estruturas, formação e planeamento, fortalecendo o sistema regional de protecção civil nos seus diversos domínios, desde os corpos de bombeiros às autarquias, passando pelas forças de segurança e demais entidades, ao mesmo tempo que criou uma verdadeira cultura de protecção civil, baseada na prevenção, no conhecimento e na responsabilidade partilhada. Hoje, os Açores têm um sistema mais preparado, mais coeso e consciente de que a protecção civil é uma responsabilidade de todos.
Julgo que é justo reconhecer que este percurso só foi possível graças à dedicação e visão de quem nos antecedeu. A solidez e a credibilidade que hoje distinguem o SRPCBA são o reflexo desse legado.
Por outro lado, a confiança que a população deposita no SRPCBA é, também, uma das marcas mais importantes destes 45 anos. Uma confiança conquistada diariamente nas mais de 35.000 ocorrências anuais acudidas, momentos em que levamos ajuda, conforto, esperança e tranquilidade.
É essa presença competente, discreta e profundamente humana que gera uma ligação autêntica com as pessoas, feita de respeito e empatia, que nos honra, mas que, acima de tudo, nos responsabiliza. O balanço é claro: temos um serviço público que, hoje integrado na Secretaria Regional do Ambiente e Acção Climática, cumpre a sua missão, que se afirmou como referência e que continuará a ser essencial na segurança, protecção e coesão da Região.
Os Açores são uma região sísmica e vulcânica, com características geográficas e geológicas muito específicas. Como é que o SRPCBA tem adaptado a sua missão a esta realidade?
Efectivamente, fruto do seu enquadramento geográfico, geológico e geomorfológico, os Açores são uma Região particularmente propensa à ocorrência de fenómenos naturais extremos, como sismos, furacões, galgamentos costeiros e movimentos de vertente. Fazem parte da nossa realidade. Contudo, essa condição não nos paralisa. Desafia-nos.
A nossa estratégia assenta em cinco eixos essenciais: modernização dos meios, qualificação dos operacionais, sensibilização da população, melhoria dos sistemas de monitorização e uma comunicação mais eficaz com os cidadãos.
O trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos comprova a solidez desta abordagem. Foram 46 milhões de euros de investimento em matéria de Protecção Civil. Redefinimos o dispositivo de emergência médica pré-hospitalar, tornando-o mais robusto, mais qualificado e mais próximo da população. Só em 2025, o investimento nesta área ascende a 7,9 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 61% face a 2020. Este reforço inclui a renovação da frota de ambulâncias, a entrega de novas viaturas de Suporte Imediato de Vida e o alargamento das tripulações nos concelhos mais populosos.
Simultaneamente, apostámos na modernização dos equipamentos e da frota dos corpos de bombeiros, desde capacetes, fatos e luvas, até inibidores eléctricos, equipamentos de desencarceramento e viaturas de socorro. Desde 2020, investimos globalmente cerca de 6.2 milhões de euros na renovação da frota, incluindo 9 viaturas vermelhas pesadas, um reboque multivítimas, 19 Auto Comandos Tácticos e mais 5 veículos especializados, concursados muito em breve, e aproximadamente 1 milhão de euros em equipamentos diversos. Este esforço representa também um salto qualitativo na capacidade de resposta operacional e na segurança dos nossos bombeiros.
Também a formação contínua foi intensificada, com um crescimento de 86% no investimento anual, relativamente a 2020, passando de menos de 200 mil euros para cerca de 360 mil euros por ano.
No domínio do planeamento e da gestão de emergência, dotámos o sistema com ferramentas inovadoras: sistemas de triagem de multivítimas com pulseiras electrónicas, plataformas de streaming para apoio em contexto de doença súbita e acompanhamento de teatros de operações e implementação do sistema de alerta por SMS, que permite hoje uma comunicação célere, direta e eficaz em momentos críticos.
Ao nível da sensibilização, a aposta também foi clara. Dinamizámos os Clubes de Protecção Civil nas escolas e promovemos mais de 580 acções de formação e sensibilização, mais do dobro da média registada até 2020. Este investimento, superior a 300 mil euros, permitiu capacitar operacionais e reforçar a resiliência da população. Em suma, o nosso caminho não é apenas reactivo. É, acima de tudo, proactivo. Antecipamos riscos, preparamos respostas, investimos nas pessoas e estamos, cada vez mais, junto de quem servimos.
Qual tem sido a evolução da capacidade de resposta do SRPCBA face a catástrofes naturais como sismos, erupções vulcânicas ou tempestades?
A evolução da capacidade de resposta do SRPCBA face a catástrofes naturais tem sido clara e consistente. Ao longo destes 45 anos, passámos de uma actuação essencialmente reactiva para uma abordagem mais planeada, coordenada e cada vez mais preventiva. Isso foi possível graças ao trabalho sério e competente de todos os que serviram esta instituição, um legado que hoje temos a responsabilidade de continuar e aprofundar.
Actualmente, temos um sistema capaz de reagir com rapidez, mas que também sabe planear, treinar e comunicar com eficácia. A resposta à crise sismovulcânica em São Jorge, o incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo e os fenómenos meteorológicos extremos mais recentes são exemplos concretos da maturidade operacional da protecção civil regional. Nestes momentos, mostramos capacidade de actuar sob pressão, com coordenação, com base científica no apoio à decisão e com uma presença constante no terreno.
Este nível de resposta só é possível graças à articulação eficaz entre os vários agentes de protecção civil, beneficiando da confiança que a população deposita no sistema. E essa confiança é talvez o maior ativo que temos. Nasce da forma como agimos e do trabalho contínuo de sensibilização e envolvimento das comunidades. Se a resposta operacional é essencial, a preparação e a consciência cívica da população são absolutamente vitais.
No fim, mais do que os meios ou os planos, o que faz verdadeiramente a diferença é a relação de confiança que conseguimos construir com quem servimos. Confiança num sistema que está presente, que evolui, que aprende e que, acima de tudo, coloca as pessoas no centro da sua missão.
A dispersão geográfica por nove ilhas representa um desafio logístico. Que estratégias foram implementadas para garantir uma resposta rápida e eficaz em todo o território?
Viver numa Região composta por nove ilhas traz, naturalmente, desafios logísticos significativos. Mas mais do que reconhecer essa realidade, temos procurado enfrentá-la com planeamento integrado, organização e uma visão sustentada no tempo.
A resposta começa, desde logo, pela descentralização dos meios e pela capacitação a nível local. Temos investido no reforço dos corpos de bombeiros, com mais equipamentos, melhor formação e condições operacionais adequadas, garantindo que cada ilha tem a capacidade de agir de forma autónoma e eficaz na maioria das situações. Neste contexto, uma das medidas mais relevantes tem sido a uniformização dos equipamentos fornecidos às corporações. Redefinimos os quantitativos e as tipologias de meios, ajustando-os às características e necessidades específicas de cada corpo de bombeiros. Esta abordagem mais racional permite reforçar a capacidade de resposta, aumentar a eficiência e promover maior coesão operacional em toda a Região.
Paralelamente, prestamos apoio técnico contínuo aos Gabinetes Municipais de Protecção Civil. A sua existência é fundamental para garantir que a resposta começa onde deve começar: junto das populações, com conhecimento do território e com estruturas bem organizadas. Estes gabinetes são peças-chave na articulação entre os níveis local e regional, contribuindo para uma gestão mais eficaz e integrada das operações.
Apesar da dispersão geográfica, temos vindo a consolidar uma verdadeira lógica de rede, onde a o envio de equipas, a partilha de meios ou o treino conjunto entre as várias ilhas, garantem um sistema mais preparado, que funciona de forma articulada e solidária.
A formação e o treino são elementos-chave na proteção civil. Que tipo de programas formativos têm sido desenvolvidos para profissionais e voluntários?
A formação e o treino são pilares estratégicos da atuação do SRPCBA. A nossa abordagem assenta numa lógica contínua de capacitação, com programas ajustados às necessidades operacionais e aos riscos específicos verificados na Região Autónoma dos Açores.
Estruturámos a formação em quatro grandes eixos: formação de base, formação contínua, formação especializada e treino operacional.
Na formação de base e contínua, temos dado prioridade à emergência pré-hospitalar, assegurando a actualização e manutenção das qualificações dos operacionais. Reforçámos também os programas associados à progressão de carreira dos bombeiros, com destaque para os cursos de combate a incêndios e de gestão de operações, essenciais para a consolidação das equipas.
Na formação especializada, realizámos acções em áreas como condução de emergência, controlo de matérias perigosas, intervenção em estruturas colapsadas, manuseamento de ferramentas mecânicas e combate a incêndios florestais, esta última em parceria com a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil. Introduzimos, ainda, formações direçionadas para o papel do primeiro interveniente na preservação da prova, uma área cada vez mais relevante na articulação com a Polícia Judiciária.
No domínio da Emergência Médica Pré-Hospitalar, promovemos acções dirigidas aos enfermeiros do Serviço de Suporte Imediato de Vida (SIV), com formação em International Trauma Life Support (ITLS), suporte avançado de vida pediátrico e outras áreas críticas para o contexto de urgência.
Complementarmente, desenvolvemos uma plataforma de ensino à distância, que permite ultrapassar as barreiras geográficas entre ilhas e alargar o acesso à formação. Um exemplo é o curso básico de prevenção e controlo de infecção, disponibilizado em formato e-learning a todos os corpos de bombeiros.
Ao nível do treino operacional, realizamos exercícios regulares de pequena escala, com frequência trimestral, mas também outros de maior dimensão. O exercício TOURO, promovido anualmente, é o principal teste à articulação entre agentes e ao funcionamento do sistema em contexto de catástrofe.
Em termos de sensibilização da população, que campanhas ou acções têm sido promovidas para reforçar a cultura de prevenção e autoproteção nos Açores?
Acreditamos que uma população informada está mais preparada para lidar com os riscos e mitigar os seus impactos. Por isso, promovemos anualmente diversas acções de sensibilização, com especial enfoque nas crianças e jovens, reconhecendo o seu papel transformador.
Nas escolas, destacam-se os “Clubes de Protecção Civil”, criados em 2011 e hoje presentes em 38 unidades orgânicas da rede pública regional, através dos quais realizamos palestras, concursos de desenho e, mais recentemente, cursos de primeiros socorros para docentes e workshops, na mesma área, dirigidos a auxiliares de ação educativa.
Em 2024, lançámos o projeto “Aprender a Socorrer”, com formação em suporte básico de vida para todos os alunos do 9.º ano, tornando os Açores pioneiros a nível nacional, iniciativa que na sua segunda edição envolveu 2.480 alunos. No mesmo ano, iniciámos também o projecto “Educar para a Protecção Civil – Crescer em Segurança”, para alunos do 1.º ciclo, abrangendo mais de 8.500 crianças e focando-se em medidas de autoprotecção.
Complementamos estas ações com o programa “PC Sénior”, dirigido a idosos e cuidadores em centros de convívio, bem como com a participação no exercício nacional “A Terra Treme”, presença ativa nas redes sociais e eventos públicos com materiais informativos.
Estas iniciativas reflectem o nosso compromisso com uma proteção civil próxima das pessoas, centrada na prevenção e na capacitação da comunidade como pilar essencial do sistema.
Que papel desempenha a tecnologia, nomeadamente os sistemas de alerta precoce, comunicação e monitorização sísmica, no trabalho do SRPCBA?
A tecnologia é hoje indispensável em todas as dimensões da protecção civil, desde a gestão operacional à formação, passando naturalmente pela monitorização e antecipação dos riscos. Quanto maior for a nossa capacidade de prever, compreender e comunicar o que está a acontecer, melhor conseguimos responder e proteger a população. No SRPCBA, acreditamos que uma população informada está, naturalmente, mais preparada. É com esse princípio que temos investido, de forma contínua, em soluções tecnológicas ao serviço das pessoas.
Nos Açores, um dos exemplos mais sensíveis é a atividade sísmica, que, como sabemos, gera sempre preocupação nas comunidades. Temos procurado garantir que a informação chega com rigor, clareza e em tempo útil, porque sabemos que a confiança da população também se constrói pela forma como comunicamos: com base técnica sólida, com responsabilidade e, acima de tudo, com verdade.
Hoje, conseguimos monitorizar a atividade sismovulcânica com uma precisão que seria impensável há vinte anos, graças ao investimento em redes de sensores e ao trabalho científico desenvolvido pelo CIVISA. O mesmo acontece com a previsão meteorológica: a rede do IPMA tem vindo a ser reforçada e a conclusão da rede de radares meteorológicos nos Açores, com radares de última geração nas ilhas Terceira, Flores e São Miguel, representou um salto importante na nossa capacidade de antecipar fenómenos extremos e emitir avisos atempados.
No plano da comunicação directa com os cidadãos, destaca-se a implementação do sistema de alerta por SMS, uma ferramenta simples, mas extremamente eficaz, que permite avisar a população com rapidez e de forma direcionada em situações de risco iminente.
A tecnologia não substitui as pessoas, mas potencia o seu trabalho. É um instrumento que reforça a resposta técnica, melhora a comunicação e contribui para tranquilizar as populações e reduzir o impacto emocional que os fenómenos naturais inevitavelmente provocam.
Há uma crescente preocupação com os efeitos das alterações climáticas. De que forma o SRPCBA está a preparar-se para responder a fenómenos extremos cada vez mais frequentes?
A preparação começa, naturalmente, pela capacitação da resposta operacional, com mais meios, mais formação e modernização tecnológica. Contudo, no atual contexto das alterações climáticas, essa dimensão já não é suficiente, exigindo-se melhor compreensão dos fenómenos, antecipação, planeamento integrado e trabalho multidisciplinar.
É por isso que a Região, através da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, tem vindo a desenvolver uma estratégia clara e coerente para lidar com este desafio com impacto directo no sistema de protecção civil regional. Essa estratégia assenta em instrumentos fundamentais, que orientam a ação pública no domínio da preparação, prevenção, planeamento e resposta a fenómenos extremos, como o Programa Regional para as Alterações Climáticas, o Plano de Gestão de Riscos de Inundações, a cartografia de riscos e a instalação de sistemas de alerta.
Adicionalmente, projectos como o Observatório Climático do Atlântico, na ilha Terceira, e a modernização do Observatório da Montanha do Pico, em parceria com o IPMA e a Universidade dos Açores, respectivamente, reforçam o compromisso regional com a ciência e a inovação, contribuindo para uma compreensão mais profunda das dinâmicas climáticas.
Porque a protecção civil também se concretiza na etapa do regresso à normalidade, importa destacar o Regime Jurídico-Financeiro de Apoio à Emergência Climática, criado em 2022, como resposta solidária aos impactos cada vez mais frequentes dos fenómenos meteorológicos extremos, que já foi activado 12 vezes, permitindo apoiar mais de 100 famílias e empresas açorianas, com um investimento superior a 350 mil euros.
Por fim, julgo que a própria reorganização governativa, ao integrar a Protecção Civil na esfera da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, evidencia essa abordagem sistémica: proteger as pessoas é também proteger o território, e antecipar o risco é tão vital quanto saber responder. Nos Açores, estamos a preparar-nos não apenas para intervir, mas, sobretudo, para compreender, prevenir e adaptar. Esta mudança de perspectiva faz toda a diferença.
Quais os principais desafios que o SRPCBA enfrenta actualmente e quais as metas para os próximos anos?
A realidade geográfica dos Açores é um desafio muito grande para o sistema de protecção civil regional. Impõe uma organização logística complexa e uma articulação plena entre todos os níveis de actuação.
Nesse mesmo sentido, vamos iniciar os estudos para a implementação de um modelo de “Resposta ao Minuto” nos Corpos de Bombeiros. Trata-se de um projeto ambicioso, que requer análise técnica e financeira detalhada, mas que pode representar um avanço substancial na prontidão operacional.
Outro eixo estratégico centra-se na clarificação e no reforço do papel dos municípios no sistema regional. A legislação atribui aos Presidentes de Câmara a responsabilidade primária pelo socorro às suas populações e, por isso, a colaboração entre os níveis municipal e regional deve respeitar o princípio da subsidiariedade, promovendo um modelo articulado, equilibrado e funcional. Será dada prioridade à consolidação deste diálogo com o objectivo de garantir que todas as estruturas locais estão operacionalmente capacitadas e organizadas para responder com eficácia.
Acompanhamos, de forma activa e determinada, a evolução tecnológica porque sabemos que, mais do que uma opção, é uma exigência. A modernização tecnológica está em curso e reflete-se na forma como ministramos formação, nos equipamentos que adquirimos, nos instrumentos que colocamos ao serviço do planeamento e da decisão, e na forma como organizamos e comunicamos a resposta. Desde o sistema de alerta por SMS, à atualização das plataformas operacionais, à adopção de ferramentas digitais para a gestão em tempo real, cada passo traduz um compromisso claro com a eficácia, a antecipação e a confiança no sistema.
Estas metas, que combinam modernização interna, valorização institucional e reforço da coesão territorial, são verdadeiramente os nossos desafios.
Que mensagem quer deixar aos residentes nos Açores neste marco dos 45 anos do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros?
Neste momento, em que assinalamos 45 anos de existência, quero deixar uma palavra clara aos açorianos e a todos os que aqui residem, de agradecimento pela confiança e pela forma como, ao longo do tempo, têm contribuído para fortalecer o sistema de protecção civil na Região.
A protecção civil só é eficaz quando existe uma ligação efectiva entre quem coordena e quem vive o território. Todos têm demonstrado, com responsabilidade e participação activa, que essa ligação existe. A sua atitude cívica, o respeito pelas orientações e a disponibilidade para colaborar têm sido aspectos fundamentais para que o SRPCBA cumpra a sua missão com eficácia.
Quero também reconhecer o trabalho de todos os que integram ou colaboram com o sistema, bombeiros, técnicos, autarcas, forças militares e de segurança, profissionais de saúde, entre tantos outros. Cada um, na sua função, tem sido peça essencial para construirmos uma estrutura sólida, preparada e com capacidade de resposta.
Ao fim de 45 anos, o SRPCBA mantém o propósito que esteve na sua origem: proteger, apoiar e servir. E é com esse espírito que continuaremos a trabalhar, com foco nas pessoas, com orgulho no que fomos, com responsabilidade no que somos e com ambição no que ainda vamos ser.