A população residente na Região Autónoma dos Açores registou, em 2024, um ligeiro aumento de 0,29%, valor abaixo da média nacional
O valor é avançado pela Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que apresentou, no final da passada semana, um conjunto de dados sobre o perfil actual da população residente em Portugal e nos seus municípios.
De acordo com o mesmo estudo estatístico, em 10 das actuais 26 regiões NUTS III (incluindo regiões autónomas), o crescimento foi superior ao verificado a nível nacional e em sete houve diminuição da população.
O mesmo estudo conclui que desde 2019 o saldo migratório tem compensado o saldo natural, contribuindo, assim, para o crescimento populacional, realidade que se estende aos Açores, tendo em conta que apenas em dois dos 19 concelhos da Região o número de recém-nascidos foi superior ao número de óbitos, registando, portanto, um saldo natural positivo. Os concelhos em causa da Lagoa, com uma variação positiva de 17, e o concelho da Ribeira Grande (+3). Em todos os restantes, o número de nascimentos foi menor que o número de óbitos.
Nos Açores, em 2024, o concelho de São Roque do Pico foi aquele em que, em 2024, a população residente mais aumentou (1,47%), seguindo-se o concelho da Lagoa (1,41%).
Por oposição, Santa Cruz da Graciosa (-0,73%) e Vila Franca do Campo (-0,29%) e Angra do Heroísmo (-0,25%) foram os concelhos que perderam mais população. Como curiosidade, note-se que, no ano em apreço, o concelho da Horta registou uma variação populacional de 0,00%.
Relativamente ao índice de envelhecimento, que compara a população com 65 e mais anos (população idosa) com a população dos 0 aos 14 anos (população jovem), continuou a aumentar. Os números divulgados pela Pordata indicam que, com excepção das Lajes das Flores, o envelhecimento da população acentuou-se em 2024. Neste particular, o Corvo encima a lista, com uma variação anual de 16,9, seguindo-se os concelho da Povoação (13) e de Nordeste (11,7). No entanto, o concelho dos Açores mais “envelhecido” é o da Calheta de São Jorge (208,4) e o mais jovem, destoando consideravelmente do restante arquipélago, é o concelho da Ribeira Grande, com um índice de envelhecimento de apenas 70,1.
Quanto ao índice de sustentabilidade, a relação entre a população em idade activa e a população idosa, todos os concelhos apresentam valores positivos, com destaque, novamente, para a Ribeira Grande (5,82) e Lagoa (5,16).