O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) inicia, no final de Setembro, uma nova missão no Oceano Atlântico, com o objectivo de concluir a rede nacional de áreas marinhas portuguesas. A operação, que compreenderá várias fases, será feita com o navio hidrográfico “Mário Ruivo” e irá centrar-se, fundamentalmente, nas zonas do espaço marítimo das regiões da Madeira e dos Açores, onde se localizam os grandes complexos de montanhas submarinas, onde é necessário recorrer a capacidade naval para se efectuar a investigação de recolha de dados para cálculo do valor do capital natural dos ecossistemas marinhos, conforme explicou o presidente do IPMA, a José Guerreiro, à Renascença.
De acordo com a mesma fonte, numa primeira fase, a campanha incidirá no planalto submarino Madeira Tore, situado entre a Madeira e o continente, estando prevista, já em 2026, uma nova missão nos mares dos Açores.
Até ao final de 2026, Portugal deverá reportar os novos dados ao Gabinete de Estatísticas da União Europeia para toda a extensão do território nacional, incluindo o seu espaço marítimo e espera cumprir a meta global de proteger 30% do seu oceano até 2030.