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Alexandra Cunha defende sistema de recolha de resíduos misto ajustado à realidade de cada freguesia

A candidata da Iniciativa Liberal (IL) à Câmara Municipal de Ponta Delgada, Alexandra Cunha, defende “a adopção de um sistema de recolha de resíduos misto, ajustado à realidade de cada freguesia”, com o objectivo de “reduzir resíduos, aumentar a reciclagem e melhorar a qualidade de vida”.
Depois de reunir com a MUSAMI – Operações Municipais do Ambiente, a cabeça de lista liberal, que tem apontado problemas na recolha de resíduos em Ponta Delgada, não tem dúvidas “de que não se podem ter sistemas iguais para necessidades diferentes”, apontando que Ponta Delgada precisa de “soluções mistas e eficazes para a gestão de resíduos urbanos”.
Alexandra Cunha, que visitou o Ecoparque da ilha de São Miguel, reuniu com a administração da empresa intermunicipal e realizou um percurso pelas principais unidades de tratamento de resíduos, aponta que o objectivo da IL é claro: “reduzir a produção de resíduos indiferenciados e aumentar a recolha selectiva, com a separação de resíduos orgânicos. Este é o caminho para cumprir metas ambientais, melhorar a qualidade de vida e construir uma Ponta Delgada mais sustentável”.
Ora, se, em Ponta Delgada, o sistema de recolha e transporte de resíduos indiferenciados encontra-se, desde 2023, concessionado a um consórcio privado e não tem dado grandes problemas, já o sistema de recolha dos resíduos diferenciados está mais difícil de se tornar eficiente. Alexandra Cunha recorda que “o sistema de recolha porta a porta de resíduos diferenciados encontra-se parado” e que “o sistema ‘pay-as-you-throw’(em que cada produtor paga de acordo com a quantidade e tipo de resíduos gerados) está, manifestamente, atrasado, à espera de resposta às candidaturas efectuadas pela Autarquia”. Para a candidata liberal, a Câmara Municipal “poderia e deveria ter feito muito mais pela gestão de resíduos urbanos”.
Por isso, concluiu, “o Concelho de Ponta Delgada precisa que se adopte um sistema de recolha misto, ajustado à realidade de cada Freguesia e das zonas centrais da Cidade. É a única forma de garantir eficácia e proximidade, respondendo às diferentes necessidades da população”, sublinha. E, acrescenta, “para ser eficaz, este modelo terá de ser acompanhado de uma fiscalização rigorosa, que promova justiça e responsabilidade colectiva”.


Valorização energética
de resíduos é estratégica

A MUSAMI, actualmente com cerca de 180 trabalhadores, dispõe de novas infra-estruturas estratégicas, na óptica dos liberais, destacando-se a Central de Valorização Energética, inaugurada em Julho deste ano e ainda em fase de testes. Para a candidatura Ponta Delgada Primeiro, “esta unidade, que tem capacidade para tratar 60 mil toneladas de resíduos por ano, convertendo-os em energia eléctrica e reduzindo a dependência do aterro, é uma forma moderna e segura de dar resposta a um problema ambiental que não podemos ignorar”.
A visita ao Ecoparque incluiu o Centro de Triagem, o Ecocentro, o Parque de Verdes e culminou na nova Central de Valorização Energética, solução que, afirma Alexandra Cunha, “é essencial numa ilha como São Miguel, onde o espaço é limitado”, pelo que “transformar industrialmente resíduos em energia é um eixo estratégico para colocar Ponta Delgada na linha da frente da sustentabilidade ambiental”.
Criada em 2006, a MUSAMI assegura a gestão dos resíduos provenientes dos seis concelhos da ilha de São Miguel, abrangendo cerca de 132 mil residentes. A empresa investe em soluções de valorização, tratamento e reciclagem, mas também dedica especial atenção à educação e sensibilização ambiental, em parceria com municípios e juntas de freguesia, junto da comunidade, escolas e comércio.

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