Edit Template

Movimento SOS Monte Verde alerta para a urgênciade se por fim a descargas de águas poluídas na praia

Os signatários da Petição SOS Monte Verde alertam para a necessidade da finalização urgente dos trabalhos de limpeza e combate aos focos de poluição dos cursos de água que desaguam na Praia do Monte Verde, nomeadamente a Ribeira Seca, a Levada da Condessa e a Ribeira da Ribeira Grande e a classificação, protecção e valorização da Levada da Condessa como património histórico e identitário da Ribeira Grande.
Estas são algumas das conclusões saídas da mesa-redonda / debate público realizado na passada Segunda-feira no Bar Mare Nostrum, junto às piscinas da Ribeira Grande, realizado no âmbito no primeiro aniversário da Petição SOS Monte Verde e Levada da Condessa e que teve como objectivo chamar a atenção para os graves problemas de poluição que afectam o local.
Conforme nota de imprensa divulgada pelos promotores da iniciativa, foi igualmente salientada a necessidade de se desenvolverem acções pedagógicas e, sempre que necessário, contraordenacionais junto das agroindústrias poluentes, numa lógica que valorize também as boas práticas ambientais, bem como avançar-se com um estudo de medidas para valorização dos resíduos agroindustriais, incluindo a possível criação de uma central de biometano no concelho. O reforço das medidas de fiscalização e renaturalização dos cursos de água a montante da praia e da zona urbana da cidade e a avaliação dos impactos ambientais da obra da frente de mar, com especial atenção aos fundos marinhos, às ondas e à prática dos desportos de ondas foram outras das orientações resultantes da reunião pública, que contou com uma participação expressiva de instituições e da sociedade civil.
Ante do debate público propriamente dito, o geólogo Rui Coutinho fez um enquadramento geológico do “Graben” da Ribeira Grande e a caracterização hidrológica da praia e dos cursos de água que nela desaguam. Sublinhou ainda o trabalho de requalificação urbanística e paisagística desenvolvido nas últimas décadas e afirmou: “O problema do Monte Verde não é apenas ambiental, mas de fiscalização e contraordenação, devendo ser identificados e punidos os prevaricadores.”
De acordo com a mesma nota de imprensa, o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, destacou os avanços registados na modernização da rede de saneamento básico, referindo que actualmente mais de 90% da zona urbana já se encontra ligada à rede, o que reduziu significativamente os riscos de poluição da praia. Reconheceu, no entanto, a existência de situações pontuais ainda por resolver. O autarca reafirmou também o compromisso da Câmara com a valorização do local e com a prática do surf e bodyboard. Revelou que, após as chamadas de atenção feitas por surfistas, pela Save Azores Waves e pelos peticionários da SOS Monte Verde, foram introduzidas alterações ao projecto da Fase 1 da frente de mar, nomeadamente o recuo da obra na ligação entre a Travessa da Rua do Estrela e o Largo da Vila Nova, de forma a não afectar o areal nem as ondas, preservando a zona de desagua da levada e revendo os acessos do novo passeio marítimo à praia. Comprometeu-se ainda a apresentar publicamente, em breve, as alterações ao projecto.
O arquitecto Fernando Monteiro corroborou estas alterações, salientando a importância de cumprir um desígnio centenário do concelho, que é a sua frente mar, mas ao mesmo tempo salvaguardando o uso mais significativo do local, as suas ondas e a sua fruição pela comunidade surfista.

Edit Template
Notícias Recentes
Movimento SOS Monte Verde alerta para a urgênciade se por fim a descargas de águas poluídas na praia
UAc Gestão assinala Dia Mundial do Turismo com conferência sobre Dinâmica do Alojamento Local
12ª edição da BirdRace Açores decorre a 4 e 5 de Outubro
Apresentação do romance “Os Pássaros de Dódóia” de Henrique Levy na Biblioteca Pública
Derrocada na zona do Salto do Cabrito provoca três feridos ligeiros
Notícia Anterior
Proxima Notícia

Copyright 2023 Diário dos Açores