Erisipela numa perna, aparentemente causada por uma bactéria, que encontrou porta de entrada, através de uma pequena ferida no calcanhar.
Após ter recorrido às urgências do HSEAH e, depois de diagnóstico elaborado pelos profissionais de saúde que me atenderam, decidiu e bem, a Dra. Adriana Santos, que devido ao estado grave e preocupante, fosse imediatamente internado. Assim, permaneci no quarto quarenta e cinco “UT2” durante dez dias consecutivos, até que tivesse condições de ter alta médica e continuar a recuperação em minha casa.
Obrigado Dra. Adriana Santos pela decisão acertada que tomou, como profissional e conhecedora da gravidade da situação. Obrigado também à Dra. Guadalupe, que assumiu a responsabilidade de me seguir enquanto internado, passando diariamente pelo quarto onde estava, a fim de me ver e perguntar sobre o meu estado e progressiva cura da erisipela que me atormentava, só me concedendo a alta, quando informada pela equipa de enfermagem, de que havia condições para o fazer!
Estar num hospital é sempre doloroso. Para além do sofrimento da dor, conforme o caso, há ainda a angústia do resultado, da ausência do nosso lar e dos familiares mais próximos. Entretanto, todos estes pormenores suavizam, quando encontramos e somos assistidos por profissionais de saúde, dedicados inteiramente à sua missão, de cuidadores do estado do doente, não só o tratando bem na doença, como ainda, dando o apoio e carinho, por vezes tão carente de uma palavra de conforto!
Partilho esse testemunho enquanto no quarto quarenta e cinco. Tratado por uma equipa de enfermagem excecional, tanto no aspeto profissional como humanitário. Do mesmo modo, pelos técnicos auxiliares de saúde, sempre disponíveis para atender às minhas necessidades, com agrado e redobrada simpatia.
Embora insista em reiterar, a minha opinião na globalidade, sobre todos os profissionais que me assistiram, como dignos representantes do Serviço Nacional de Saúde e merecedores do meu respeito e admiração, não posso deixar de salientar alguns nomes, os quais, talvez pela coincidência em serem designados para cuidarem do quarto quarenta e cinco com mais frequência, acabaram colhendo maior empatia e, digo mesmo, saudade e vontade de os encontrar de novo por qualquer canto desta Ilha de Jesus Cristo. Posto isto, começo por referir o enfermeiro Diogo Rocha, profissional atento e competente, mas também sempre pronto a uma palavrinha de conforto, a uma risada e àquele recado que me animava: Estás quase pronto a dar umas braçadas na Prainha!
Enfermeiro Bruno, durante várias noites de serviço, cuidadosamente me acordava às seis da manhã para me dar os medicamentos, deixando sempre um sorriso e um gracejo qualquer!
Enfermeira Fabiana, aquela que cuidadosamente me colocava a pomada anti fungo nos dedos dos pés, conversava enquanto isso e, por algumas vezes, também me mudou o penso na perna.
Enfermeira Telma, mãozinhas de fada, sempre empenhada em fazer o melhor, sem que me magoasse de qualquer jeito, enquanto me trocava também o penso!
Técnicas auxiliares de saúde, Susana e Ângela Avelar, com as quais acabei trocando amizade nas redes sociais, tal foi a relação de proximidade e de afeto que partilhamos enquanto do meu internamento!
Gostaria ainda de salientar, que o meu testemunho como doente na Unidade de Tratamento (UT2), não fica pelo escrito até aqui. Pois embora com muita dificuldade em me movimentar, era digamos que autónomo, uma vez que me deslocava sem ajuda ao lavabo, a fim de tomar duche, ou cuidar das minhas necessidades fisiológicas. Enquanto isso, ao meu lado, estava um doente oncológico, de fralda, sem se movimentar sozinho, precisando de ajuda contínua, a qual nunca lhe faltou a cada momento que precisou, enquanto lá estive no quarto quarenta e cinco.
Sra. Diretora de serviço daquela Unidade de tratamento, está de parabéns pela fantástica equipa que tem, desde o enfermeiro/a, ao auxiliar de saúde, ao mais variado funcionário/a que ali trabalha.
Sra. Secretária Regional da Saúde, congratulo-me em dar aqui o meu testemunho de regozijo, pelo funcionamento de fidelidade, que nos oferece o Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo!
Fernando Mendonça