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FADOalado – referência musicalde qualidade dos Açores

FADOalado é um grupo oriundo da ilha Terceira surgido em 2016 e cujo ponto alto foi a conquista do concurso televisivo “Got Talent Portugal 2021”.
Já lhes chamaram de Ninfas dos Açores e Celtic Women dos Açores, mas os FADOalado valem por aquilo que são, com quase dez anos de carreira, autênticas, jovens que foram crescendo nesse ambiente das danças de Carnaval e que pela sua qualidade vocal, apresentação em palco e vestuário fino, constituem uma referência musical dos Açores, tendo já atuado em todas as ilhas, em Portugal Continental, Canadá e Estados Unidos.
Um dos espetáculos nesta região, aconteceu em maio de 2023 na UMass Dartmouth, em Dartmouth, MA.
Sara Mota, Leandra Mota, Filipa Lima, Ivânia Pires, Lizélia Toste constituem as vozes femininas, sendo acompanhadas pelos instrumentistas Bernardo Oliveira (bateria), Diogo Brasil (guitarra clássica), Gonçalo Fouto (acordeão), Ricardo Minhoco (bandolim) e Tânia Gaspar (piano).
O quinteto feminino atuou recente- mente nas celebrações do Dia de Portugal em Fall River, ao ar livre, o que foi para estas jovens um autêntico desafio.
O público vibrou com a excelência das interpretações e beleza musical das vozes, para além da sua forma e elegância em palco.
Foi a terceira atuação nos EUA.
Sara Mota, porta-voz do grupo, confi- dencia ao PT como tudo começou: “Já nos conheciamos antes da formação deste projeto e no meu caso já havia o gosto de cantar com o nosso pai e fui crescendo nesse ambiente de música lá em casa e depois a Filipa Lima, sendo natural de São Sebastião, viamo-nos muita vez, éramos quase como família e depois mais tarde surgiram a Ivânia Pires e a Lizélia Toste”, começa por dizer ao Portuguese Times, Sara Mota, adiantando que algumas das suas colegas tinham a experiência de cantar em bailinhos de Carnaval pela ilha Terceira.
O grupo FADOALADO nasce em 2016, a convite de uma pessoa amiga para atuar numa festa de rua.
“Sim, foi em 2016, numa festa de rua e a verdade é que a coisa correu bem e decidimos avançar com o projeto, com cabeça, tronco e membros, faseadamente e o grande impulso na carreira foi a participação e conquista no concurso televisivo “Got Talent Portugal 2021” e com temas originais, alguns dos quais compostos por nós, mas de início começamos a cantar “covers”, clássicos da música portuguesa mas adaptados à nossa forma de executar e interpretar”, refere Sara, sublinhando que o grupo, apesar do enorme sucesso alcançado, mantém os pés bem firmes no chão.
O grupo tem já um CD gravado (FADOalado, Foi Deus que quis, estava traçado), com 12 temas originais, compostos pelos elementos do grupo, a saber: “Abraça-me”, “Dou por Mim”, “Ser Livre”, “Terra Mãe”, “Mar Destemido”, “Angra, orgulho das nossas gentes”, “Era o que faltava”, “Marcha á Praia”, “Mulher”, “Fadoalado”, “Portugal”, “Terceira, Meu Fado”.
Inspiram-se nas suas vivências da sua terra, na História de Portugal, na imigração. Têm as suas vidas profissionais e familiares.
“Confesso que não é fácil compatibilizar o tempo para ensaios, espetáculos, com a vida familiar, mas com vontade tudo se faz”, salienta Sara Mota, que adianta: “Temos tido muitas atuações em todo o arquipélago, em Portugal Continental e também em danças de Carnaval, uma vez que algumas destas componentes integram esse tipo de agrupamentos que percorrem toda a ilha Terceira”.
O grupo apresenta também concertos temáticos, nomeadamente temas de Natal, do 25 de Abril, etc., adaptados ao estilo vocal e instrumental deste excelente grupo que ao longo dos anos tem-se notabilizado pela excelência vocal e instrumental, aliados à forma como se apresentam em palco com a beleza do vestuário. O visual é uma componente muito importante para o grupo. Saber interpretar e sentir o que se canta é para estas jovens fundamental: “Uma boa interpretação passa por sentir e perceber o que estamos ali a cantar e a comunicar com o público. Se não sentirmos o que estamos a cantar e não passarmos essa mensagem ao nosso público então não poderemos que o público sinta a mensagem. Isto é muito importante e por isso damos muita importância ao poder interpretativo e expressivo dos temas que cantamos”, refere Sara, realçando a qualidade dos cinco instrumentistas que acompanharam o quinteto vocal.
“Eles são excelentes músicos, trocamos sugestões nos arranjos musicais e vocais, naquela fase de elaboração de revestimento de um tema qualquer e devo dizer que todos os temas que interpretamos está tudo na cabeça deles, não atuam em palco com pautas de música”,
O grupo já tem atuado com acompanhamento de filarmónica, uma experiência que agradou plenamente a todos.
Dos vários espetáculos que já fizeram recordam um em particular: “Na Igreja do Colégio em Ponta Delgada, São Miguel, foi um espetáculo inesquecível, pela sua envolvência e empolgância num ambiente excelente”, recorda Sara Mota, adiantando que 2023 foi um ano de muitos espetáculos.
Já no final da nossa conversa na residência de Berta Cunha, em East Providence, Sara Mota e amigas afirmam: “Gostamos de desafios, como este de atuar ao ar livre, mas a nossa música deve ser mais apreciada em espaços fechados”.

Francisco Resendes, nos EUA*

  • Jornalista.
    Exclusivo Portuguese Times/
    Diário dos Açores
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