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Açores continuam com maior desigualdade na distribuição de rendimentos

Em 2022, o coeficiente de Gini do rendimento líquido por pessoa era de 35,7% em Portugal, evidenciando uma redução na desigualdade da distribuição do rendimento em relação a 2021 (36,1%), acaba de revelar o INE.
A Grande Lisboa (38,5%), as regiões autónomas dos Açores (37,2%) e da Madeira (36,2%), o Alto Tâmega e Barroso (36,2%) e a Área Metropolitana do Porto (35,7%) apresentaram coeficientes de Gini iguais ou superiores ao valor nacional, sugerindo uma maior desigualdade na distribuição do rendimento.
Por outro lado, o Alentejo Central (30,7%) apresentou o menor nível de concentração do rendimento entre as 26 sub-regiões NUTS III do país.

8 municípios dos Açores

A análise do padrão municipal do coeficiente de Gini revela, com valores superiores à referência nacional, um conjunto de 32 municípios: nove municípios da região Norte (Porto, Macedo de Cavaleiros, Resende, Chaves, Caminha, Lamego, Matosinhos, Vila Real e Montalegre), oito da Região Autónoma dos Açores (Vila do Porto, Lagoa, Vila Franca do Campo, Ponta Delgada, São Roque do Pico, Povoação, Ribeira Grande e Nordeste), cinco do Algarve (Tavira, Loulé, Faro, Lagos e Aljezur), quatro da Grande Lisboa (Lisboa, Cascais, Oeiras e Mafra), três da Região Autónoma da Madeira (Calheta, Funchal e Ponta do Sol), os municípios de Alcochete e Almada da Península de Setúbal e o município de Coimbra da região Centro.
Nas regiões do Alentejo e do Oeste e Vale do Tejo nenhum município registou valores superiores ao nacional.

Vila do Porto com rendimentos altos

Destacaram-se, com resultados superiores a 40%, os municípios de Lisboa (42,5%), Vila do Porto (42,0%), Porto (41,8%), Lagoa (40,8%) e Cascais (40,3%).
Os municípios com os menores níveis de desigualdade de rendimento situavam-se sobretudo no interior das regiões Centro, Oeste e Vale do Tejo e Alentejo, tendo o município do Pampilhosa da Serra (26,9%) registado o menor coeficiente de Gini do país.
O Alto Tâmega e Barroso foi a sub-região com menor amplitude do coeficiente de Gini entre municípios: o menor valor foi registado nos municípios de Boticas e de Ribeira de Pena (34,4% em ambos) e o maior em Chaves (36,6%). Por outro lado, os maiores diferenciais entre os municípios observaram-se na Grande Lisboa, entre os municípios de Lisboa (42,5%) e de Vila Franca de Xira (30,9%) e na Área Metropolitana do Porto, entre os municípios do Porto (41,8%) e de Oliveira de Azeméis (30,6%).
O coeficiente de Gini é um indicador de desigualdade na distribuição que visa sintetizar num único valor a assimetria dessa distribuição. Assume valores entre 0 (quando todas as pessoas têm igual rendimento) e 100 (caso todo o rendimento se concentre numa única pessoa).

Municípios superiores
à média nacional

Em 2022, dos 32 municípios com coeficientes de Gini superiores ao valor nacional, 14 registaram também valores medianos de rendimento líquido por pessoa superiores à referência nacional: Lisboa, Cascais, Oeiras e Mafra (da Grande Lisboa), Alcochete e Almada (da Península de Setúbal), Porto e Matosinhos (da Área Metropolitana do Porto), Vila do Porto e Ponta Delgada (da Região Autónoma dos Açores), Funchal (da Região Autónoma da Madeira), Faro (do Algarve), Coimbra (da Região de Coimbra) e Vila Real (do Douro).
O padrão mais comum na leitura conjunta destes dois indicadores evidencia 209 municípios com coeficientes de Gini e valores medianos do rendimento simultaneamente abaixo do valor do país.

Valor mediano do rendimento
nos Açores: 10.776 euros

Em 2022, o valor mediano do rendimento líquido por pessoa foi 10 679 euros em Portugal. A Grande Lisboa (12 366 euros), a Península de Setúbal (11 741 euros), a Região de Coimbra (10 881 euros), a Região de Leiria (10 859 euros), o Alentejo Central (10 804 euros), a Região de Aveiro (10 789 euros) e as regiões autónomas dos Açores (10 776 euros) e da Madeira (10 763 euros) foram as sub-regiões que apresentaram os rendimentos medianos mais elevados, superiores à referência nacional.
Por outro lado, as sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso (8 859 euros) e do Tâmega e Sousa (9 195 euros) apresentaram os rendimentos medianos mais baixos, inferiores a 9 500 euros por pessoa.
O retrato municipal do valor mediano do rendimento líquido por pessoa evidenciou 70 municípios (mais um do que em 2021) com valores acima da referência nacional.
Neste conjunto, encontrava-se a totalidade dos municípios da Grande Lisboa (nove municípios) e da Península de Setúbal (nove municípios), destacando-se Oeiras (15 190 euros), Lisboa (13 809 euros), Alcochete (12 874 euros), Cascais (12 843 euros) e Coimbra (12 557 euros) com os valores medianos mais elevados do país.
Para além dos municípios destas duas regiões, também 16 municípios do Centro, 11 do Oeste e Vale do Tejo, nove do Alentejo, sete do Norte, cinco da Região Autónoma dos Açores, três da Região Autónoma da Madeira e Faro no Algarve, superaram o valor do país. Com valores mais baixos, inferiores a 9 500 euros, evidenciou-se um conjunto de municípios sobretudo da região Norte. Em 2022, o coeficiente de Gini do rendimento líquido por pessoa era de 35,7% em Portugal (36,1% em 2021). Em 32 municípios, a desigualdade na distribuição do rendimento foi superior à do país, destacando-se os municípios de Lisboa (42,5%) e Vila do Porto (42,0%.

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