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A Tempestade Emocional da Crise Climática

Nos últimos dias, têm sido frequentes as notícias e as queixas relativas às alterações climáticas e do seu impacto na forma como nos sentimos e comportamos: “está cada vez mais quente”; “não consigo concentrar-me com este calor abusivo”; “este tempo afeta a minha energia, parece que tenho a pressão arterial baixa”.
Com efeito, a crise climática é um dos maiores desafios da nossa era, com impactos consideráveis em ecossistemas, economias e sociedades. O aumento das temperaturas globais está provocando mudanças drásticas no clima, resultando em eventos extremos como ondas de calor, secas, inundações e furacões. Além disso, o aumento do nível do mar ameaça comunidades costeiras e a acidificação dos oceanos afeta a biodiversidade marinha. Mas as implicações da crise climática afetam muitas mais áreas, nomeadamente a saúde física e psicológica, gerando emoções negativas, como ansiedade, stress e medo. A incerteza sobre o futuro, o aumento de desastres naturais, a degradação ambiental e a falta de controlo sobre a situação climática global podem, ainda, gerar um sentimento de impotência, fazendo-nos acreditar que as ações de cada um de nós não são suficientes para fazer a diferença.
Para combater esses efeitos, é então crucial adotar estratégias de educação e conscientização para empoderar indivíduos e comunidades, permitindo uma compreensão mais profunda do problema e das ações que podemos realizar para mitigar estas alterações. Assumir uma atitude mais consciente, responsiva e proativa pode contribuir para potenciar o nosso bem-estar, conscientes de que estamos a fazer a nossa parte para a sustentabilidade do nosso ecossistema. Por outro lado, a adoção de técnicas de mindfulness podem também fortalecer a resiliência emocional.
Enfrentar a crise climática não é, portanto, uma questão apenas ambiental. É, simultaneamente, um desafio psicológico que exige ações integradas para preservar a saúde mental e o bem-estar coletivo. Façamos a nossa parte, cuidando da nossa “casa” e da nossa saúde.

Paula Domingues

Fique bem, pela sua saúde e a de todos os açorianos!
Um concelho da delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

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