Ano lectivo nos Açores arranca com falta de 1,7% dos docentes necessários

A Secretária Regional da Educação, Cultura e Desporto, Sofia Ribeiro, afirmou que “98,3% das necessidades docentes das escolas, para o próximo ano lectivo, estão colmatadas”, sendo que há “mais 134 professores em quadro” do que havia no início do ano anterior, quando se regista “uma diminuição de 800 alunos”.
A titular da pasta da Educação referiu que tinham sido lançadas 412 vagas a contratação, “menos do que no ano anterior”, na sequência do “aumento de docentes em quadro em toda a Região”.
Durante os quatro anos de mandato do Governo de coligação, foram colocados em quadro mais de 700 docentes.
“É esta colocação em quadros, sem paralelos na Região, que nos permite a estabilidade que temos conseguido no sistema educativo, no sentido de garantirmos a dotação de professores devidamente profissionalizados nas nossas escolas”, frisa.
Das 412 vagas lançadas a contratação, 88 ficaram por preencher, mas “há ainda 460 disponibilidades de professores habilitados em bolsa”.
“São docentes que não obtiveram colocação, porque não concorreram a essas escolas, mas que agora no lançamento à bolsa de emprego pública poderão vir a ter essa colocação”, esclareceu.
A Secretária Regional referiu ainda que as cinco disciplinas em que há maior número de não colocações é o na leccionação do 1.º ciclo do ensino básico, com nove vagas que ficaram desertas; Educação Especial do 1.º ciclo, com oito vagas desertas; Português do ensino secundário com sete vagas; Piano com sete vagas e Informática com seis vagas que ficaram desertas.
Neste momento, revelou a governante, a Secretaria Regional está a fazer “a análise ilha a ilha” e “disciplina a disciplina” para rever “as características dos docentes em quadro, dos docentes que vieram para os Açores em mobilidade e dos docentes contratados” para aferir a possibilidade de “redistribuição de serviço”.
“Aquilo que estamos a fazer é recorrer o mínimo à contratação através da bolsa de emprego público, para assim garantirmos um maior acompanhamento dos alunos com docentes devidamente profissionalizados e com habilitação para a docência”, conclui Sofia Ribeiro.