Arrendar um quarto em casa partilhada em Ponta Delgada custa, em média, 360 euros por mês, segundo dados do idealista, o marketplace imobiliário de Portugal.
Analisando a oferta de quartos por cidades, verifica-se que o aumento do “stock” foi bastante acentuado no último ano, sendo na sua maioria superior aos 25%.
Foi em Beja (73%) onde mais se verificou essa subida, seguida por Castelo Branco (68%), Leiria (60%), Viseu (57%), Lisboa (53%), Santarém (49%), Aveiro (43%), Viana do Castelo (41%), Ponta Delgada (41%) e Porto (38%).
Assim, a oferta de quartos para arrendar em casa partilhada subiu 36% no terceiro trimestre do ano, em comparação com o ano anterior.
No trimestre anterior o aumento da oferta foi de 57%, verificando-se assim um desaceleramento nos últimos meses.
Apesar de existirem mais quartos para arrendar, os preços subiram 7% num ano
Com efeito, apesar da subida de stock, os preços aumentaram em todas as cidades analisadas.
Foi no Funchal onde os preços mais subiram, sendo os quartos 50% mais caros do que há um ano.
Seguem-se Faro (33%), Setúbal (27%), Aveiro (17%), Guarda (14%), Évora (13%), Braga (13%) e Bragança (11%). Com subidas de preço inferiores a 10%, encontram-se Viana do Castelo (9%), Lisboa (9%), Viseu (9%), Vila Real (9%), Porto (6%), Coimbra (5%), Santarém (4%), Castelo Branco (4%), Leiria (4%) e Ponta Delgada (1%).
Lisboa continua a ser a cidade com os quartos mais caros em Portugal, onde os preços rondam os 599 euros mensais, seguida pelo Funchal (450 euros/mês), Porto (425 euros/mês), Faro (400 euros/mês), Setúbal (380 euros/mês), Ponta Delgada (360 euros/mês), Aveiro (350 euros/mês), Évora (300 euros/mês), Braga (340 euros/mês), Santarém (302 euros/mês), Viana do Castelo (300 euros/mês), Coimbra (290 euros/mês).
Por outro lado, das cidades analisadas, as mais económicas para arrendar quarto são Bragança (200 euros/mês), Guarda (200 euros/mês), Castelo Branco (220 euros/mês), Beja (250 euros/mês), Vila Real (250 euros/mês), Viseu (250 euros/mês) e Leiria (280 euros/mês).
Os dados publicados neste relatório revelam que o arrendamento de quartos não é uma opção habitacional apenas para estudantes, convertendo-se também na opção eleita por jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde.
A atual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornado o arrendamento de um quarto a opção mais vantajosa.
Por outro lado, partilhar casa continua a ser um estímulo para muitos jovens com vontade de serem independentes e de sairem da casa dos pais, uma tendência que deverá aumentar nos próximos anos.