A Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA) defendeu a necessidade de rever o serviço de transporte coletivo de passageiros, melhorando-se, por exemplo, a rotatividade para as freguesias mais distantes dos centros urbanos.
“A Associação de Municípios já manifestou a necessidade de rever o serviço de transporte coletivo de passageiros, em determinadas ilhas. Efetivamente o tipo de resposta não é o mais adequado para as freguesias mais distantes dos centros urbanos”, afirmou o presidente da AMRAA, Alexandre Gaudêncio.
O autarca social-democrata foi ouvido na comissão especializada permanente de Economia do parlamento açoriano, no âmbito do projeto de resolução do Bloco de Esquerda (BE) que recomenda ao Governo Regional a imediata regulamentação do decreto legislativo regional que impõe a criação de passes de mobilidade para transporte rodoviário urbano, interurbano, combinado, marítimo e intermodal nos Açores.
O presidente da AMRAA sublinhou que a iniciativa é de saudar, porque permite uniformizar uma resposta para a população e para os turistas.
Alexandre Gaudêncio explicou que atualmente apenas quatro autarquias dos Açores têm transportes coletivos de passageiros, os chamados circuitos urbanos – Ponta Delgada (São Miguel), Horta (Faial), Angra do Heroísmo e Praia da Vitória (Terceira).
O também autarca da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, salvaguardou que a preocupação da AMRAA “é que os interesses das autarquias e dos munícipes fiquem salvaguardados”, alertando existirem “especificidades completamente diferentes” entre as cidades açorianas.
O nível de satisfação dos utilizadores dos transportes públicos, assinalou, “não é o melhor”, pelo que é preciso “melhorar quer a rotatividade, quer o tipo de transporte utilizado”, permitindo o uso de viaturas elétricas.
“Achamos que podia ser feito muito melhor”, conclui o autarca, que preside à AMRAA.