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Duarte Freitas diz que PS quer um pretexto para chumbar Orçamento

O secretário das Finanças do Governo dos Açores acusou o PS de “apresentar ideias genéricas” para “arranjar um argumento” para chumbar o Orçamento Regional, afirmando que “toda a gente” espera um voto contra dos socialistas
“O que o PS queria mesmo era apresentar umas ideias genéricas para depois dizer que votava contra. Mas, toda a gente estava à espera do voto contra do PS, não é nada de novo. Nem nós quando recebemos as ideias ficamos com a convicção de que aquilo seria exatamente para poderem viabilizar, foi para arranjarem um argumento para não viabilizarem”, declarou Duarte Freitas aos jornalistas, em Ponta Delgada.
Duarte Freitas salientou que as exigências do PS para aprovar o Orçamento do próximo ano “não foram propostas”, mas “sim algumas ideias”, e sinalizou que a discussão orçamental é um “processo extraordinariamente participado que ainda não está terminado”.
“Devo dizer que uma boa parte delas [as reivindicações do PS] é chover no molhado porque ou já estão concretizadas ou em vias de concretização. Há outras que são um pouco pior do que chover no molhado, é alguém querer fazer chuva quando antes só fazia seca, quando teve oportunidade para fazer seca”, disse, aludindo ao período de governação socialista (1996 a 2020).
Duarte Freitas lembrou ainda que enquanto foi presidente do PSD/Açores o partido absteve-se na votação dos Orçamentos de 2013 e 2014, devido à crise económica.
“É muito estranho que o PS tenha apresentado ideias que chamou propostas e agora tenha vindo dizer que vai votar contra porque as ideias, que não são propostas, o governo ainda não se pronunciou sobre elas. Mas, o governo ainda não se pronunciou sobre nenhumas”, salientou.
O secretário regional lembrou, por outro lado, que o Governo Regional enfrenta vários problemas, como a situação no hospital de Ponta Delgada, a inflação, a instabilidade no contexto internacional e a “exigência de priorizar” o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que foi “desenhado pelo PS” quando liderava o executivo açoriano.
“Quando temos essas exigências todas, em vez de termos o maior partido da oposição a querer colaborar, está a inventar uma dialética imitando aquilo que se faz no país. Os açorianos não gostam muito das imitações que se fazem na República”, alertou.

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