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Bolieiro explica porque não foi pedido apoioao Fundo de Solidariedade Europeu

O presidente do Governo dos Açores esclareceu que o executivo não acionou o Fundo de Solidariedade da União Europeia para recuperação do hospital de Ponta Delgada, porque não estavam preenchidos os requisitos para tal.
“Não acionámos porque não preenchíamos os requisitos”, disse José Manuel Bolieiro aos jornalistas, em Ponta Delgada, à margem da sessão de apresentação do Plano para os Media Açorianos.
A Comissão Europeia revelou que o Fundo de Solidariedade da União Europeia (FSUE) não foi solicitado na sequência do incêndio que deixou inoperacional o Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, o maior dos Açores (ver notícia na página 3 desta edição).
Questionado sobre o assunto, o líder do governo açoriano referiu que o FSUE não foi acionado porque “seria um ato inútil”.
José Manuel Bolieiro explicou que ficou “claro e objetivo”, também numa audição realizada em sede de uma Comissão do Parlamento Europeu de Desenvolvimento Regional, que a região não preenchia os requisitos para receber a ajuda comunitária.
“Nós [Governo Regional] quando tivemos o infeliz incidente do HDES quisemos, desde logo, reconhecer de imediato a situação de calamidade que dali resultava para a saúde dos açorianos […] e queríamos recorrer a todos os meios disponíveis para a sua pronta e rápida recuperação. Verificámos que na possibilidade do recurso ao FSUE, não estavam preenchidos os requisitos para podermos aceder”, salientou.
Por esta razão, o eurodeputado Paulo Nascimento Cabral “tomou iniciativa, na sede de uma Comissão do Parlamento Europeu de Desenvolvimento Regional, [de] questionar a senhora Comissária Europeia para a matéria, tendo em conta que os critérios definidos como calamidade eram muito exigentes e não assumia essa consideração”.
Na altura, continuou, “foi esclarecido que só era possível aceder por via da calamidade de saúde se estivesse no quadro da Covid, o que não era o nosso caso”.
Neste contexto, o executivo tomou a iniciativa de recorrer ao Governo da República “para garantir o cofinanciamento do processo”, que foi conseguido, “à semelhança do que aconteceu com a sequência do furacão Lorenzo”.
“Tivemos o apoio da República e do Estado, com a comparticipação que foi requerida e já liberada por resolução do Conselho de Ministros, [de] uma comparticipação de 85% em toda a despesa que venha a ser realizada, bem como um adiantamento dos 20 milhões de euros e que, felizmente, está em cumprimento com base nas decisões do Conselho de Ministros”, acrescentou o líder do Governo Regional.
Ainda segundo José Manuel Bolieiro, a intervenção do eurodeputado social-democrata açoriano Paulo Nascimento de Cabral “foi no sentido de agora trabalhar para eventualmente haver disponibilidade de alteração dos critérios para que, em situações semelhantes, as regiões ultraperiféricas possam recorrer ao FSUE, com critérios humanos exigentes do que aqueles que agora subsistem e que inviabilizaram” a possibilidade de os Açores terem “acesso ao mesmo”.

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