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Risco de pobreza baixou nos Açores mas aindaé o mais alto do país

O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2024 sobre rendimentos do ano anterior, indica que 16,6% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2023, menos 0,4 pontos percentuais (p.p.) do que em 2022, revelou ontem o INE.
A taxa de risco de pobreza correspondia, em 2023, à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos (por adulto equivalente) inferiores a 7 588 euros (632 euros por mês).
A diminuição da pobreza não foi, todavia, extensível a todos os grupos etários: reduziu-se para os menores de 18 anos e para os adultos em idade ativa (respetivamente, menos 2,9 p.p. e menos 1,6 p.p.), mas aumentou para a população idosa (mais 4,0 p.p.).
Em 2023, considerando o limiar de pobreza nacional e a nova classificação, a Grande Lisboa é a região em que o risco de pobreza foi mais baixo (12,9%).
Ainda no Continente, as regiões Centro, Oeste e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve registavam riscos de pobreza inferiores à média nacional, enquanto nas regiões Norte e Península de Setúbal a incidência da pobreza atingia, respetivamente, 18,0% e 18,7% da população.

24,2% nos Açores

O risco de pobreza foi, tal como nos anos anteriores, mais elevado na Região Autónoma dos Açores, com 24,2%, e na Região Autónoma da Madeira, com 19,1%, destacando-se esta última pela maior redução da taxa de pobreza entre 2022 e 2023 quando considerado o limiar de pobreza nacional.
Esta análise pode ser completada pelo cálculo de linhas de pobreza regionais. Em cada região NUTS II, a linha de pobreza regional corresponde à proporção de habitantes nessa região que vivem com rendimentos monetários disponíveis equivalentes inferiores a 60% da mediana da distribuição dos rendimentos monetários disponíveis equivalentes dessa mesma região.
A utilização de linhas de pobreza regionais resulta no aumento do risco de pobreza para as regiões com rendimento mediano superior ao rendimento mediano nacional (19,2% e 20,0%, na Grande Lisboa e Península de Setúbal, respetivamente) e na redução dos riscos de pobreza para as restantes (muito expressiva, por exemplo, na Região Autónoma dos Açores: de 24,2%, com base na linha nacional, para 18,3%, com base na linha regional).

Maior desigualdade nos Açores

Os três principais indicadores de desigualdade reduziram-se, apesar dos rendimentos monetários em Portugal se continuarem a pautar por uma distribuição fortemente assimétrica.
Por região, verifica-se que a Região Autónoma dos Açores era aquela com maior desigualdade (Coeficiente de Gini): 33,8%, valor superior à média nacional (31,9%).
Em 2023, a região Oeste e Vale do Tejo era a que tinha uma distribuição dos rendimentos menos desigual (28,8%).
A Península de Setúbal registou o valor mais elevado na intensidade laboral (7,6%), mais 0,8 p.p. do que a segunda região com valores mais elevados (Região Autónoma dos Açores, com 6,8%).

Açores com taxa mais alta
no risco de pobreza
e exclusão social

A Região Autónoma dos Açores destacava-se pelo valor mais elevado observado para a taxa risco de pobreza ou exclusão social (28,4%).
A Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e o Norte apresentavam, igualmente, valores superiores à média nacional. Em sentido oposto, a Grande Lisboa apresentava o menor valor (16,5%).
Em Portugal, em 2024 (rendimentos de 2023), 2 096 milhares de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social (pessoas em risco de pobreza ou a viver em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material e social severa).

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