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Ampliação do Aeroporto do Pico:Uma Decisão Estratégica para o Triângulo

A ampliação do aeroporto do Pico é uma decisão estratégica fundamental para o futuro das denominadas ilhas do Triângulo (Faial, Pico e São Jorge). Fruto da sua localização central no arquipélago e no Triângulo, o Pico apresenta condições únicas para acolher um aeroporto de maiores dimensões, capaz de servir de ponto de ligação eficiente e sustentável para o Triângulo e para os Açores como um todo.
Atualmente, estas ilhas enfrentam limitações na sua conectividade aérea, quer pela dimensão das pistas disponíveis quer pelas condicionantes meteorológicas, o que afeta tanto o fluxo de passageiros quanto o transporte de bens essenciais. Um aeroporto ampliado e mais bem equipado no Pico, ou quem qualquer das outras ilhas, permitiria ultrapassar essas barreiras, tornando-se um motor de desenvolvimento económico e social. Para além de fomentar o turismo, esta infraestrutura seria crucial para reduzir a sazonalidade turística e garantir acessibilidade durante todo o ano, beneficiando residentes e visitantes. Além disso, a ampliação do aeroporto teria um impacto significativo na fixação e atração de população, bem como na vinda de novos agentes económicos, contribuindo para o crescimento e dinamismo da região.
Do outro lado do canal, o aeroporto da Horta, apesar da sua relevância histórica, enfrenta entraves significativos para a concretização da sua ampliação, cujos mais significativos se prendem com o espaço físico e com os custos da que tal obra acarretaria. Um estudo realizado pela ANA em 2008 apontava que a ampliação da pista em 300 metros custaria 47,8 milhões de euros, em 400 metros 60,7 milhões de euros e em 500 metros 72,8 milhões de euros. Estes valores, já expressivos na época, seriam consideravelmente superiores atualmente, devido à inflação e ao aumento exponencial dos custos de construção, quinze anos depois.
A Vinci, concessionária do aeroporto, não tem mostrado grande disponibilidade para a concretização do projeto, o Governo Regional não terá lógica gastar muitos milhões numa infraestrutura que não é sua, quando ao lado tem uma da qual é proprietário que com um investimento incomensuravelmente menor, dota estas ilhas do aeroporto necessário, ainda para mais tratando-se da ilha com maior centralidade e com a terceira maior economia da região.
A realidade exposta evidencia a necessidade do Governo Regional assumir um compromisso político firme, para prover às ilhas do Triângulo uma infraestrutura aeroportuária em concordância com as suas necessidades e potencialidades, respeitando a gestão sustentável dos dinheiros públicos e do território onde atua.

Jorge Alves Jorge*

*Geógrafo

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