Mais um vinho do Pico, desta vez da Criação Velha, que, desde 2004, integra os vinhedos da Ilha do Pico, paisagem protegida classificada como património mundial da UNESCO, devido às suas características únicas.
Chama-se ‘Tarelo Potion’ e vem acrescentar ao seu portofolio da Tarelo picoense.
Colocado no mercado a 900 euros a garrafa (0,75), é um vinho que se distingue pela história e pelas características singulares do licoroso vinho dos Açores, raro e com um “elevado potencial de investimento”, garante uma nota de imprensa do produtor.
Produzido a partir das vinhas velhas de Arinto, Terrantez e Verdelho, o ‘Tarelo Potion’ tem somente 300 garrafas.
A colheita mais antiga remonta ao ano de 2003 e a mais recente a 2016, havendo ainda uma pequena colecção de barricas deste tesouro açoriano armazenadas para salvaguardar a identidade e património destes vinhos licorosos, que, segundo a história, saíam da Ilha do Pico para os banquetes reais dos Czares.
Após a revolução russa, em 1917, terão sido encontrados nas caves do palácio do último Czar, Nicolau II.
O Potion junta-se às duas outras referências já lançadas, Tarelo e Tarelo Monumental.
Entre as principais características que contribuem para a “elevada qualidade” deste vinho, destaca-se o acompanhamento minucioso do processo de maturação das uvas, desde que entram em passa.
“São vinificadas com muita calma, sem manipulação de enologia, e, posteriormente, ficam esquecidas nas barricas durante uns bons anos”, explica Claúdio Martins, consultor de vinhos, CEO da Martins Wine Advisor, que acaba de entrar para o projecto Tarelo Wines.
De acordo com a equipa de enologia, o Tarelo Potion é particularmente apetecível nesta altura do ano pelo teor alcoólico que pode chegar aos “18 graus ao natural”.
Importante referir que a produção destes vinhos licorosos não fortificados tem como objectivo a “reprodução dos vinhos históricos” dos Açores, devidamente adaptados às necessidades do mercado actual.
Na adega, existem três dezenas de barricas desta raridade, entre 2003 e 2016.