A Região Autónoma dos Açores registrou uma ligeira queda nas transacções de imóveis, conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no seu relatório mais recente sobre o mercado imobiliário. Com um total de 695 habitações vendidas, a região representou apenas 1,7% do total das transacções nacionais, uma queda de 0,1 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Enquanto o mercado imobiliário nacional registou um crescimento robusto, com um aumento de 19,4% no número de transacções e um incremento de 28% no valor das vendas, os Açores não seguiram a mesma tendência positiva. O valor total das transacções na região atingiu 114 milhões de euros, mantendo-se estável com uma quota de 1,3% do total nacional, sem alterações significativas em relação ao ano passado.
Contraste com outras Regiões
Em contraste, regiões como a Grande Lisboa e o Norte apresentaram um crescimento significativo tanto no número de transacções quanto no valor. Na grande Lisboa, por exemplo, verificou-se um aumento de 27,9% no número de transacções e um aumento de 31,3% no valor das vendas, enquanto o Norte registou um crescimento de 20,3% e 31,6%, respectivamente.
Análise do mercado imobiliário
A estagnação no valor das transacções e a queda no número de vendas, registadas nos Açores, podem indicar um mercado mais estável, porém menos dinâmico, em comparação com outras regiões do país que registam um aquecimento económico imobiliário significativo.
Preços das habitações
aumentam significativamente
No terceiro trimestre de 2024, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) registrou um aumento de 9,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando em 2,0 pontos percentuais o crescimento observado no trimestre anterior. Este aumento reflete a maior valorização desde o quarto trimestre de 2022.
Os preços das habitações existentes subiram 10,5%, enquanto as habitações novas tiveram um incremento de 8,1%.
Esta tendência de alta é acompanhada pelo crescimento no número de transacções de imóveis, que totalizou, a nível nacional, 40.909 unidades entre julho e setembro, representando um aumento de 19,4% em relação ao terceiro trimestre de 2023.
O valor total das transacções atingiu 9,1 mil milhões de euros, um crescimento notável de 28,0% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este montante inclui 6,5 mil milhões de euros em vendas de habitações existentes e 2,6 mil milhões de euros em habitações novas.
Redução nas compras
por estrangeiros
Apesar do forte desempenho geral, o mercado registrou uma queda nas aquisições por compradores com domicílio fiscal fora do território nacional. Foram adquiridas 2.655 habitações por estes compradores, uma redução de 3,1% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Este declínio pode refletir mudanças nas condições económicas globais ou na atractividade do mercado imobiliário português para investidores internacionais.