O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Comércio e Escritórios, Hotelaria, Turismo e Transportes dos Açores (SITACEHTT/Açores) entregou, no dia 16 de Junho, ao Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, a Petição Pública: “Pelo aumento do Acréscimo Regional ao Salário Mínimo Nacional na Região Autónoma dos Açores”, que conta com 3900 subscritores.
Em comunicado, o SITACEHTT/Açores refere que o documento “não é apenas um papel com nomes; é a voz colectiva de milhares de trabalhadores, que anseiam por um salário digno. Cada assinatura representa uma esperança, um desejo e um compromisso com a causa que defendemos”.
O sindicato espera que “o peso e a dimensão desta iniciativa seja reconhecido e que as reivindicações destes milhares de açorianos sejam devidamente consideradas. Depois desta enorme mobilização popular acreditamos que esta demonstração de força democrática terá impacto e impulsionará as acções necessários para responder às legitimas preocupações dos cidadãos”, revela.
“Nesta luta pelo justo aumento geral dos salários, o aumento do Acréscimo Regional ao Salário Mínimo Nacional tem de ser impulsionador do aumento de todos os outros salários e valorizador do trabalho e dos trabalhadores”, declara.
O SITACEHTT/Açores considera que “o Salário Mínimo é uma referência fundamental, mas nunca pode estabelecer uma uniformização entre os patamares, ou seja, quando este sobe devem proporcionalmente subir as restantes categorias profissionais para que continue a existir diferenciações profissionais”.
“O aumento geral dos salários e das pensões é uma necessidade para todos os que vivem e viveram do trabalho e um instrumento para dinamizar a economia, criar mais e melhor emprego, esbater a dependência face ao exterior num contexto cada vez mais instável e é, também, a garantia para que os açorianos possam organizar as suas vidas”, afirma.
Além disso, explicam que “não podemos ignorar a importância do Acréscimo Regional ao Salário Mínimo Nacional, no combate à pobreza, designadamente a pobreza laboral. No actual quadro, em que o mercado de trabalho regional assenta num modelo de baixos salários, ter um emprego deixou de ser suficiente para afastar a pobreza”.
“A melhoria dos rendimentos dos trabalhadores e das famílias açorianas estimula o consumo, o que contribui para o aumento da produção e das vendas das empresas, a criação de mais emprego e o crescimento da economia. Ao mesmo tempo, este aumento tem também efeitos positivos no crescimento das contribuições para a segurança social, ajudando a melhorar a sustentabilidade financeira do sistema”, explica.
“Aumentar os salários é forma mais correcta de valorizar o trabalho e os trabalhadores, as carreiras e as profissões”, assegura o SITACEHTT/Açores.
Para finalizar, o Sindicato afirma que “não faz sentido falar de crescimento económico sem que esse crescimento se traduza numa justa e equilibrada distribuição da riqueza gerada. Como não faz qualquer sentido falar de emprego apenas para fins estatísticos, mas com vínculos precários e sem direitos. Não é essa a economia que defendemos, não é esse seguramente o crescimento económico a que os açorianos aspiram e têm direito”.