A CGTP-IN/Açores assumiu ontem, em conferência de imprensa, ser contra a privatização de empresas públicas, por considerar que, a concretizar-se, tal medida “exclusivamente política e da responsabilidade do Governo Regional, será desastrosa para a população e para a Região”.
Reagindo ao facto do Executivo açoriano ter encomendou um estudo sobre a melhor forma de privatizar várias entidades públicas, o coordenador da CGTP-IN/Açores, Rui Teixeira, salientou que “estão em causa empresas que prestam serviços públicos essenciais à Região: IROA, IAMA, Portos dos Açores, Lotaçor, SEGMA, Globaleda, Teatro Micaelense e Atlanticoline.
Na opinião do sindicalista, “com a privatização de empresas públicas rentáveis e essenciais à Região e à vida de todos os dias, os Açores e os açorianos pagarão mais por serviços que, hoje, dão lucro à Região, deixando de ter em vista o serviço público que prestam, que é, por natureza, dirigido para o bem comum e passando a estar sujeitos à lógica do lucro”.
“Ao contrário daquilo que o Governo Regional afirma, a despesa pública não se vai reduzir, os cofres da região terão de pagar mais por um serviço que, provavelmente, será prestado com pior qualidade”, acrescentou.
A CGTP/Açores diz-se também preocupada com as consequências que a medida poderá acarretar para os trabalhadores, entendendo que as condições laborais “ficarão em risco”.
Rui Teixeira alertou que, caso a política de privatizações de efective, poderá acontecer acções de luta: “Se vier a avançar mais do que este simples estudo, então (…) tomaremos as acções de luta que se entenderem”, assegurou.