Os músicos Açorianos César Carvalho (Violão) e Rafael Carvalho (Viola da Terra), que formam o “Duo Toadas”, irão apresentar-se em concerto nas Noites de Verão da Ribeira Grande já na próxima Sexta-feira, 22 de Agosto. O concerto decorrerá no Largo Conselheiro Hintze Ribeiro pelas 21h00.
O Duo apresentará neste concerto modas que fazem parte do repertório instrumental da Viola da Terra, como “Balho Furado”, “Fado menor”, “Saudade” ou “Balho da Povoação”, cujas versões instrumentais são pouco tocadas nos nossos palcos na actualidade, bem como outras modas do Cancioneiro Açoriano, com arranjos do Duo.
No concerto também serão apresentados temas mais contemporâneos e alguns originais do Duo, do seu álbum “Toadas, da Lobeira ao Agrião”, o seu primeiro álbum e que foi apresentado em Novembro de 2022, para além de algumas novidades adicionadas ao repertório nos últimos tempos.
Ao longo do concerto vai ainda sendo apresentada a contextualização da Viola da Terra na vivência Açoriana, do passado ao presente, bem como a sua importante ligação às Comunidades Açorianas espalhadas pelo mundo: o coração da viola que partiu e o que ficou.
Em 2025 o duo tem sido muito solicitado para concertos, tendo em conta o contexto muito especial das suas apresentações, a interação com o público e a explicação das peças e importância cultural da música que tocam. Ao mesmo tempo que proporcionam, sempre que possível, um momento final de questões por parte do público e ainda de experimentação da Viola da Terra.
Os dois irmãos, naturais da Ribeira Quente, começaram a aprender Violão com o pai, há 30 anos, fazendo depois o seu percurso com Viola da Terra e Violão, iniciado no Grupo Folclórico da Freguesia e Grupo de Violas da Ribeira Quente. Nos últimos anos têm subido ao palco em dezenas de apresentações, com o intuito de perpetuar as nossas sonoridades e raízes, sempre com especial destaque para a contextualização da Viola da Terra e do seu repertório.
É considerado, por muitos, o mais dinâmico duo dos Açores, ligado à Viola da Terra, pela sua actividade constante e trabalho intenso de produção do seu trabalho, mas, também, pela forma enérgica como se apresentam em palco, pela interacção constante com o público e carácter intimista dos seus concertos.