As ‘startups’ portuguesas Azores Life Science e Complear alcançaram os terceiro e primeiro lugares, respetivamente, na quinta edição da competição sino-lusófona 929 Challenge, em Macau.
A Complear ajuda empresas de saúde digital a cumprir as exigências dos reguladores, enquanto a Azores Life Science produz cosméticos com recursos naturais do arquipélago dos Açores.
Em segundo lugar na final do concurso, que decorreu no passado domingo, ficou a brasileira Phycolabs, que transforma algas em produtos têxteis.“A qualidade geral deste ano foi excecional, em particular o desempenho das empresas dos países de língua portuguesa”, disseram os cofundadores do evento, Marco Duarte Rizzolio e José Alves, citados num comunicado divulgado pela organização.
“Destacaram-se os projectos de biotecnologia, alinhando-se positivamente com o foco estratégico da China na biotecnologia”, acrescentaram os memos reponsáveis. Divididas em duas categorias, 16 equipas finalistas – oito ‘startups’ e oito de universidades chinesas e dos países de língua portuguesa, disputaram a final da quinta edição desta competição sino-lusófona.
A Universidade de Hong Kong destacou-se na categoria universitária, com a Universidade de Macau e a Universidade do Porto a completarem o pódio.
A equipa da Universidade do Porto venceu ainda o prémio de ‘Startup’ com Maior Impacto.
A quinta edição do 929 Challenge incluiu, pela primeira vez, o prémio ‘Future Builder’ (Criador do Futuro), para a melhor ‘startup’ dos PALOP e de Timor-Leste. O galardão foi para o projeto de Moçambique Xa Nene, que usa larvas de moscas para tornar lixo orgânico em comida para animais.
A empresa portuguesa Dermamatica, que usa inteligência artificial (IA) para o rastreio a três dimensões do cancro da pele, recebeu o prémio de ‘Startup’ Mais Promissora.
A edição deste ano registou um montante total de prémios de 300 mil patacas (cerca de 32.400 euros) e quatro mil dólares (3,7 mil euros) em serviços e ferramentas da Alibaba, de acordo com a organização.
O 929 Challenge é coorganizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) e por instituições da região administrativa especial chinesa, incluindo universidades.
